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Podemos escolher como caminhar e qual o caminho... O Livre-arbítrio pensado por Santo Agostinho (libre arbitrium, ano de 395 d.C) não pode assustar como conceito e deve ser valorizado como traço da individualidade de cada um! O livre arbítrio não é liberdade. Livre arbítrio está intimamente ligado à vontade, à capacidade de pensar, de refletir, de escolher e de decidir o seu amanhã, ao passo que a liberdade está mais próxima da ideia de realização daquele objetivo... De que adiantaria ser livre para caminhar se usássemos essa qualidade para cegamente seguir passos determinados por outras pessoas? O livre-arbítrio eleva ao máximo as potencialidades da nossa alma ao nos deixar responsáveis pelos nossos próprios passos, pelo nosso próprio caminhar, pelo nosso próprio destino... Também não adianta termos a decisão refletida e amadurecida no bom exercício do livre-arbítrio e não termos a ação, a força de vontade, a determinação para a sua concretização! Lembremo-nos de que a semeadura é livre mas a colheita é obrigatória, nada tendo esta de castigo ou punição por uma eventual má escolha, mas como resultado lógico, natural e racional de que não se colhe paz se o que se cultiva é a discórdia etc
Neste sentido, muito sensível e inteligente poema de Mário Quintana, aqui relembrado:
"Era um caminho que de tão velho, minha filha,
já nem mais sabia aonde ia...
Era um caminho velhinho
perdido...
Não havia traços
de passos no dia
em que por acaso o descobri:]
Pedras e urzes iam cobrindo tudo.
O caminho agonizava, morria
sozinho...
Eu vi...
Porque são os passos que fazem os caminhos"
(Mário Quintana).
Paz!
Adorei!
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