domingo, 13 de junho de 2010
Cultuar bons pensamentos - Mens Sana in Corpore Sano - para reflexão
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Nota introdutória: Esta leitura deve ser complementada com os estudos já aqui publicados, sob os títulos “SOBRE DOENÇAS (FÍSICAS, ESPIRITUAIS E POR ATRAÇÃO) - LIÇÕES DE WANDERLEY LEMOS e UMA ANÁLISE À LUZ DO ESPIRITISMO” (23.5.2010) e “Perispírito - Algumas anotações a respeito” (31.5.2010)
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“Assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual pode absorver elementos de degradação que lhe corroem os centros de força, com reflexos sobre as células materiais. Se a mente da criatura encarnada ainda não atingiu a disciplina das emoções, se alimenta paixões que a desarmonizam com a realidade, pode, a qualquer momento, intoxicar-se com as emissões mentais daqueles com quem convive e que se encontrem no mesmo estado de desequilíbrio. Às vezes, semelhantes absorções constituem simples fenômenos sem maior importância; todavia, em muitos casos, são suscetíveis de ocasionar perigosos desastres orgânicos. Isto acontece, mormente quando os interessados não têm vida de oração, cuja influência benéfica pode anular inúmeros males.” (Anacleto, in XAVIER, Francisco Cândido. “Missionários da Luz”. 24ª ed. Rio de Janeiro: RJ, FEB, 1993. Cap. 19.)
Em “Entre a Terra e o Céu”, Clarêncio (XAVIER, Francisco Cândido. “Entre a Terra e o Céu”. 17ª ed. Rio de Janeiro: RJ, FEB, 1997. Cap. 20) disse: “Como não desconhecem, o nosso corpo de matéria rarefeita está intimamente regido por sete centros de força, que se conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estabelecem, para nosso uso, um veículo de células elétricas, que podemos definir como sendo um campo eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado. Nossa posição mental determina o peso específico do nosso envoltório espiritual e, conseqüentemente, o “habitat” que lhe compete. Mero problema de padrão vibratório. Cada qual de nós respira em determinado tipo de onda. Quanto mais primitiva se revela a condição da mente, mais fraco é o influxo vibratório do pensamento, induzindo a compulsória aglutinação do ser às regiões da consciência embrionária ou torturada, onde se reúnem as vidas inferiores que lhe são afins. O crescimento do influxo mental, no veículo eletromagnético em que nos movemos, após abandonar o corpo terrestre, está na medida da experiência adquirida e arquivada em nosso próprio espírito. Atentos a semelhante realidade, é fácil compreender que sublimamos ou desequilibramos o delicado agente de nossas manifestações, conforme o tipo de pensamento que nos flui da vida íntima. Quanto mais nos avizinhamos da esfera animal, maior é a condensação obscurecente de nossa organização, e quanto mais nos elevamos, ao preço de esforço próprio, no rumo das gloriosas construções do espírito, maior é a sutileza de nosso envoltório, que passa a combinar-se facilmente com a beleza, com a harmonia e com a luz reinantes na Criação Divina. (...) Tal seja a viciação do pensamento, tal será a desarmonia no centro de força, que reage em nosso corpo a essa ou àquela classe de influxos mentais.”
Jacob Melo (in MELO, Jacob. “O Passe: Seu Estudo, Suas Técnicas, Sua Prática”. 17ª ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 2006. Cap. 4, item 3.5) recomenda: “Rearmonizar os centros de força, portanto, é reformar-se moralmente, agindo de maneira cristã em todos os momentos da vida. Mas, como isso não é comum às nossas ampliadas comodidades, a nós, falíveis espíritos devedores, nos cabe exercitar por possuí-las pelo perdão, pela fraternidade e pela compreensão, ajudando, socorrendo e, sobretudo, orando por nosso próximo. Dessa forma vibraremos em ondas de mais elevado teor moral, fazendo valer nosso centro coronário como captador das boas energias espirituais para distribuir o equilíbrio devido aos demais centros, assim espiritualizando nossa matéria (...)”
Interessante notar que a norte-americana Barbara Ann Brennan apresenta um raciocínio muito interessante: “Toda doença é uma mensagem direta dirigida a você, dizendo-lhe que não tem amado quem você é e nem se tratado com carinho, a fim de ser quem você é”. De fato, todas as vezes que nosso corpo apresentar alguma “doença”, isto deve ser tomado como um sinal de que alguma coisa não está bem. Diz que a doença não é uma causa, mas uma conseqüência proveniente das energias negativas que circulam por nossos organismos espiritual e material. O controle das energias é feito através dos pensamentos e dos sentimentos, portanto, possuimos energias que nos causam doenças porque somos indisciplinados mentalmente e emocionalmente. Em Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz explica que “assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual absorve elementos que lhe degradam, com reflexos sobre as células materiais”.
No seu livro intitulado “Mãos de Luz” (a Ordem já o possui em seu acervo), disse que, permanentemente, recebemos energia vital que vem do cosmo, da alimentação, da respiração e da irradiação das outras pessoas e para elas imprimimos a energia gerada por nós mesmos. Assim, somos responsáveis por emitir boas ou más energias às outras pessoas. A energia que irradiamos aos outros estará impregnada com nossa carga energética, isto é, carregada das energias de nossos pensamentos e de nossos sentimentos, sendo necessário que vigiemos o que pensamos e sentimos.
Tudo o que fazemos gera efeitos, sejam ações ou omissões, em atos concretos ou em pensamentos. A cada negativo pensamento, emoção, sensação ou sentimento, o perispírito adquire uma forma mais densa e sua cor fica mais escura, por causa da absorção de energias nocivas. Durante os momentos de indisciplina, o homem mobiliza e atrai fluidos primários e grosseiros, os quais se convertem em um resíduo denso e tóxico.
Temos que refletir e compreender que é devido à densidade que estas energias nocivas não conseguem descer de imediato ao corpo físico e vão se acumulando no perispírito.
Assim, com o passar do tempo, as cargas energéticas nocivas que não forem dissolvidas ou não descerem ao corpo físico formam manchas e placas que aderem à superfície do perispírito, comprometendo seu funcionamento e se agravando quando a carga deletéria acumulada é aumentada com desatinos da existência atual.
A medicina é a ciência que cuida e domina esta arte. Mas, podemos refletir acerca e considerar que, em seus tratados didáticos, a medicina explica que, no organismo do homem, desde seu nascimento físico, existem micróbios, bacilos, vírus e bactérias capazes de produzirem várias doenças humanas. Graças à quantidade ínfima de cada tipo de vida microscópica existente, eles não causam incômodos, doenças ou afecções mórbidas, pois ficam impedidos de terem uma proliferação além da “cota -mínima” que o corpo humano pode suportar sem adoecer. No entanto, quando esses germes ultrapassam o limite de segurança biológica fixado pela sabedoria da natureza, motivados pela presença de energias nocivas no corpo físico, eles se proliferam e destroem os tecidos de seu próprio “hospedeiro”. Essas radiações nocivas criam áreas específicas nas quais podem se instalar ou se desenvolver as vidas microscópicas encarregadas de produzir os fenômenos compatíveis com os quadros das necessidades morais para o indivíduo. Elas se alimentam destas energias nocivas que chegam ao físico, conseguindo se multiplicar mais rapidamente e, em conseqüência, causando as doenças.
Como pensamos na cura do espírito, temos que a recuperação do espírito enfermo só poderá ser conseguida mediante a eliminação da carga tóxica que está impregnada em seu perispírito. Embora o pecador já arrependido esteja disposto a uma reação construtiva no sentido de se purificar, ele não pode se subtrair dos imperativos da Lei de Causa e Efeito. Para cada atitude corresponde um efeito de idêntica expressão, impondo uma retificação de aprimoramento na mesma proporção, ou seja, a pessoa tem que dispender um esforço para repor as energias positivas da mesma maneira que dispende esforços para produzir as energias negativas que se acumulam em seu perispírito.
O pensamento espírita não prega o conformismo, temos que nos movimentar e cuidar do corpo, já que ele tem uma missão para com o espírito... Temos que procurar o apoio médico e seguir as orientações do profissional da medicina, mas procurar cuidar da alma que habita o corpo e compreender a forma pela qual a doutrina espírita explica as doenças e suas causas e cura.
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Consultar, também: XAVIER, Francisco Cândido. “Missionários da Luz”. 24ª ed, Cap. 19; XAVIER, Francisco Cândido. “Entre a Terra e o Céu”. 17ª ed. Cap. 20; MELO, Jacob. “O Passe: Seu Estudo, Suas Técnicas, Sua Prática”. 17ª ed. Cap. 4; Revista Cristã de Espiritismo, edição especial 02; Barbara Ann Brennam, Mãos de Luz e, neste blog: “SOBRE DOENÇAS (FÍSICAS, ESPIRITUAIS E POR ATRAÇÃO) - LIÇÕES DE WANDERLEY LEMOS e UMA ANÁLISE À LUZ DO ESPIRITISMO” (23.5.2010) e “Perispírito - Algumas anotações a respeito” (31.5.2010)
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