sábado, 12 de junho de 2010

"TODA GLÓRIA É EFÊMERA" - frase romana - PARA REFLEXÃO



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>Após uma vitoriosa batalha, havia o “Triunfo”.

Triunfo era uma das maiores solenidades da antiga Roma e a maior recompensa dada aos generais vitoriosos.

Vencedor, o general, vestido de púrpura e com uma coroa de louros na cabeça, entrava na cidade sentado num magnífico carro puxado por quatro cavalos brancos. Á sua frente iam os senadores. Os seus parentes e amigos o rodeavam. Era, também, seguido por todo o seu exército e por um grande número de cidadãos. Era assim que o general vitorioso – o Triunfador – era conduzido em pompa ao Capitólio Romano. Adiante dele iam os despojos dos inimigos vencidos – quadros e objetos de arte das províncias que havia conquistado. Com correntes de ouro e prata iam à frente os reis e os chefes prisioneiros. Atrás, as vítimas que deveriam morrer.

Durante essa cerimônia, para abater o orgulho que um aparato tão deslumbrante pudesse inspirar ao Triunfador, um escravo, colocado atrás dele, no mesmo carro, juntava uma voz discordante às aclamações da multidão e fazia ouvir cantos mofadores e palavras satíricas: “Lembra-te que és homem´, gritava ele ao vitorioso: “Cuidado! Não caias” – Cave ne cadas (em latim)... lembrava, assim, sozinho, o escravo ao vitorioso General, que "toda glória é efêmera".


Aquele escravo, junto ao Triunfador, repetia a ele aquele alerta para que em meio à embriagues da glória, o general romano não se esquecesse de sua condição humana. Para que tanta pompa e circunstância não o fizessem pensar ser um “deus” ou alguém dotado de poderes divinos. O escravo repetia incessantemente o Cave ne cadas para que o general romano se lembrasse de que muitas vezes a queda segue, de perto, o Triunfo.


Isso é um alerta para aqueles que se deixam iludir com as coisas deste mundo de provas e expiações... Devemos procurar ser capazes de bem usufruir das experiências desta existência, vivendo das coisas do mundo neste nosso atual ciclo,
mas zelando para que nossa alma não fique
por demais ligada às coisas materiais a ponto de criar com elas um "elo aprisionador" e, talvez, repetir que "toda glória é efêmera" e pensar a respeito, seja uma pequena semente mas eficaz advertência da verdadeira obra que temos que construir, perante Deus, neste nosso ciclo evolutivo".

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Um comentário:

  1. Cave ne cadas ! Verdade verdadeira. obrigado por compartilhar. Bakunin.

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