Aliás, também ocorre em SP, notadamente em Franco da Rocha, assim como na Austrália!
Antigamente não havia noticias com tanta profusão e rapidez cruzando o mundo (e, mesmo após o advento dos jornais etc, quando fatos chegavam à redação não seriam mais notícia - imagine, catástrofe ocorrida há semanas em remota região de país asiático ser noticiada como notícia "velha" na imprensa ocidental... Apenas nas últimas décadas com os satélites, tv, rádio e internet é que estamos conectados ao mundo inteiro e nos chegam de imediato notícias de todos os lugares...
Sempre ocorreram acidentes com muitas vítimas, mas hoje há a impressão de que ocorrem mais e o tempo todo (resultado da facilidade com que as notícias circulam)...
Mas e quanto ao aspecto das vítimas e dos resgates coletivos?
O consolador Espiritismo nos ajuda a entender nosso comprometimento nesses eventos...
A lógica e o bom senso já nos indicam que a casa construída em local de risco naturalmente expõe os moradores a esse "risco"... Mas a lei da causa e efeito é muito mais abrangente. A justiça divina também é indagada... alguns vivem, outros morrem, alguns são heróis por terem se dedicado a atender a outros, a solidariedade atinge altos índices, corpos jamais são encontrados e, afinal, sempre se indaga o porque de acontecerem coisas assim...
Todas as respostas exigem aprofundada reflexão e estudo na doutrina, inclusive na idéia da multiplicidade das encarnações e a anterioridade do Espírito. Além disso, tais eventos, apesar de lamentáveis em todo o seu processo, na sua causa, nas suas graves consequências, encontra-se com o nosso passado de descumprimento da lei divina e o que se exige de nós em nosso cotidiano.
No “Livro dos Espíritos” (questões de 851 a 867) temos que a fatalidade "só existe no tocante à escolha feita pelo Espírito, ao se encarnar, de sofrer esta ou aquela prova; ao escolhê-la ele traça para si mesmo uma espécie de destino, que é a própria conseqüência da posição em que se encontra” (“O Livro dos Espíritos”, questão 851). Na questão 853 (livro citado) consta que “fatal, no verdadeiro sentido da palavra, só o instante da morte. Chegado esse momento, de uma forma ou de outra, a ele não podeis furtar-vos“. No ponto 853-a (livro citado) consta que quando é chegado o momento de retorno para o Plano Espiritual nada “te livrará” e frequentemente o Espírito também sabe o gênero de morte por que partirás daqui, “pois isso lhe foi revelado quando fez a escolha desta ou daquela existência“, lembrando que apenas os acontecimentos importantes à evolução moral são previstos por Deus, porque úteis à tua purificação e à tua instrução” (obra citada, questão 859-a).
A fatalidade é apenas resultado da nossa limitada visão sobre o ocorrido, portanto e é palavra que, junto com o azar e coisas assim não condizem com a própria doutrina espírita. O livre-arbítrio (ação e reação) o homem pode evitar acontecimentos e permitir que aconteçam outros que não estavam previstos...
Mas, como se explicam casos como esse da região serrana do Rio de Janeiro? O resgate coletivo é uma idéia-conceito que envolve a correção de rumo de um grupo de Espíritos que em alguma outra encarnação descumpriram, de modo semelhante, a lei divina e que, portanto, precisam sanar o débito. E, segundo o mesmo "O Livro dos Espíritos" (questão 737 c/c 740), para faze-los "avançar mais depressa". Para tanto, os mentores reunem esses Espíritos para que juntos possam se reajustar frente à Lei Divina.
Não por outro motivo, nesses eventos, a solidariedade e a caridade são despertados ou acentuados, em todos os envolvidos e, a propósito, devemos considerar a lição de que “se um povo não avança bastante rápido, Deus lhe provoca, de tempo em tempos, um abalo físico ou moral que o transforma” (ensinamento que consta em “O Livro dos Espíritos”, questão 783) e, notemos ainda, que "no microcosmo como no macrocosmo" nos leva à ter de considerar a humanidade como “um ser coletivo"...
É graças ao Espiritismo que conseguimos aceitar a justiça das provações como amortização de débitos do passado e por isso as faltas coletivas devem ser expiadas coletivamente pelos que juntos as praticaram e os mentores nos fortalecem a todos, tanto aos diretamente envolvidos quanto àqueles que de algum modo participam do evento, mesmo à distância, para que nos coloquemos sintonizados com aquele grande resgate e fortaleçamos o estado mental e espiritual de todos com nossas orações e melhores sentimentos e ações.
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Para mais profundo estudo sobre o tema, consultar:
KARDEC, Allan (A Gênese, cap. 17 e 18; O Evangelho Segundo do Espiritismo, cap. 14, item 9; Obras Póstumas, Primeira Parte/Questões e Problemas/Expiações coletivas e O Livro dos Espíritos – questões 100 a 113, 737 a 741, 776 a 802 e 851 a 867)
--------------------------------Imagens coligidas da Internet - Autoria desconhecida.
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A doutrina conforta mas a dor é grande.
ResponderExcluirOremos, muito, por todos!
há poucos dias lemos aqui sobre o natal e mensagens de paz.
ResponderExcluiragora lemos sobre tragédia
a vida é assim, feita de luz e de sombras, mas nada foge aos altos desígnios de Deus
que aprendamos com tudo
e consigamos sorrir e amar, sempre
É ISSO MESMO. TEMOS QUE ORAR MUITO E SERMOS VIGILANTES SOBRE AS COISAS QUE FAZEMOS NESTA VIDA. SOBRE TUDO, PQ MUITA COISA ACONTECE QDO NÃO PENSAMOS OU MEDIMOS DIREITO AS CONSEQU8ENCIAS.
ResponderExcluirNESTA CATASTROFE, TODOS TEM UMA PARCELA DE CULPA, OS PREFEITOS, EMPRESARIO, O POVO TB (RICO OU POBRE), OS DESGOVERNOS E OS MAUS GOVERNOS, APESAR DAS SÁBIAS LIÇÕES DOS EVANGELHOS SOBRE AS CAUSAS E EFEITOS E SOBRE OS RESGATES COLETIVOS, COMO EXPLICADO NA MENSAGEM.
E, APESAR DOS "RESGATADOS" COLETIVAMENTE, NA TRAGÉDIA DA REGIÃO SERRANA, OS QUE AQUI CONTINUAM ENTRE NÓS, PARENTES DE VÍTIMAS, AMIGOS FIHOS ESPOSAS E ESPOSOS, ETC, CONTINUAM SOFRENDO MUITO E INCLUSIVE OS FRUTOS DAS PERDAS.
OREMOS
Ajudar é trabalhar. Agir em vez de ficar sonhando. Quem tem fome tem pressa!
ResponderExcluirTantas tragédias mundo afora, sempre. Tantas no Brasil. Aqui temos pessoas enfrentando enchentes há anos e parece que nada é feito e morando em região fria, como aqui em Santa Catarina, as coisas ficam ainda mais dífíceis.
ResponderExcluirAcreditando em Deus e com fé em seu infinito amor, vamos levando, vivendo e com esperança sonhando.