quarta-feira, 30 de junho de 2010

COLHEMOS O QUE PLANTAMOS - estória para reflexão

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Um velho carpinteiro estava
para se aposentar.

Ele contou a seu chefe os seus
planos de largar o serviço de
carpinteiro e de construção de
casas, e a vontade de viver uma
vida mais calma com sua família,
pois estava cansado do ofício.

Claro que ele sentiria falta do
pagamento mensal, mas ele
necessitava da aposentadoria.

O dono da empresa sentiu em
saber que perderia um de seus
melhores empregados e pediu a
ele que construísse uma única
casa como um favor especial.

O carpinteiro consentiu, mas
com o passar do tempo era fácil
ver que seus pensamentos e seu
coração não estavam no trabalho.

Ele não se empenhou no serviço,
deixou boa parte da obra para
outro fazer, utilizou matérias
primas de qualidade inferior,
enfim, a má vontade em
construir era evidente
em todos os aspectos.

Foi uma maneira lamentável de
encerrar sua carreira.

Quando ele terminou o trabalho,
o construtor veio inspecionar a
casa e entregou a chave da porta
ao carpinteiro.

"Esta é a sua casa" - ele disse.
Meu presente para você!

Que choque! Que vergonha!

Se ele soubesse que estava
construindo a própria casa, teria
feito completamente diferente.

Não teria sido tão relaxado...

Agora ele teria que morar numa
casa feita de qualquer maneira.





Assim acontece conosco.

Muitas vezes construímos nossas
vidas de maneira distraída,
reagindo mais que agindo,
desejando colocar menos
que o melhor.

Nos assuntos importantes não
empenhamos nosso melhor esforço.

Então, em choque, olhamos para a
situação que criamos e vemos
que estamos morando na
casa que construímos.
Se soubéssemos disso, teríamos
feito diferente.

Pense em você como um carpinteiro.
Pense sobre sua casa.
Cada dia você martela um prego
novo, coloca uma armação ou
levanta uma parede.

Construa sabiamente.
É a única vida que você construirá!

Mesmo que você tenha somente
mais um dia de vida, este dia merece
ser vivido graciosamente e
com dignidade.

Sua vida de hoje é o resultado de
suas atitudes e escolhas feitas
no passado.

Sua vida de amanhã será o
resultado de suas atitudes e
escolhas que fizer hoje!

A vida é um projeto!
Faça você mesmo!!!
Pense nisso!


------------colaboração de Andressa Dias

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O Exemplo da Árvore - para reflexão

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" A Caminho do Bem...

Embora a condição de Espírito Puro se lhe afigure distante demais da sua existência e, continuamente, Você se surpreende para domar suas más paixões, não permita que o desânimo adentre pelo seu coração, ali fazendo o ninho do desequílibrio.

Você tem falhas, sim!

Hoje, contudo, Você já soma mais virtudes do que ontem. Prossegue na sementeira do futuro, mesmo que faça a colheita compulsória das sementes que no pretérito deitou pelos caminhos da vida.

Aceite o exemplo da árvore.

O fruto que se oferece ao faminto viajor, amparando-lhe a necessidada imediata, ontem era simples promessa na semente, aguardando o trato de terra que lhe serviria de berço.

Junto da lama, rompeu seu envoltorio. Enregelado até a seiva no inverno, causticado pelo sol nas estações quentes, vergastados pelas tempestades, o arbusto se fez adulto.

Perdeu folhas, sofreu podas!

Um dia, porém, amanheceu em frutos.

Diante, pois, da necessidade de sua elevação espiritual, não tema os obstáculos. Não desfaleca a meio do caminho. Não receie as quedas e tropeços.

Tudo servirá para torná-lo firme, para decisões importantes.

Há em seu coração um manancial desconhecido de amor.

O seu raciocínio é um potencial de acuidade ainda inexplorado. Bastará a ação da vontade, a sua obstinção no Bem, para que Você irradie calor fraterno a sua volta.

-Disciplina.
-Persistência.
-Obstinação no bem.

Coragem de repetir sempre, após os enganos.

Eis o tanto de que Você precisa para que o caminho do aperfeiçoamento espiritual seja o curso normal de sua vida e para que Você alcance os horizontes da Paz
." (Roque Jacintho - "Vida Futura")
--------------Colaboração de Andressa Dias.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

A LIÇÃO DO RIO...

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A LIÇÃO DO RIO
E o rio corre sozinho.
Vai seguindo seu caminho.
Não necessita ser empurrado.
Pára um pouquinho no remanso.
Apressa-se nas cachoeiras.
Desliza de mansinho nas baixadas.
Precipita-se nas cascatas.
Mas, no meio de tudo isso vai seguindo seu caminho.
Sabe que há um ponto de chegada.
Sabe que seu destino é para frente.
O rio não sabe recuar.
Seu caminho é seguir em frente.
É vitorioso, abraçando outros rios, vai chegando no mar.
O mar é sua realização.
É chegar ao ponto final.
É ter feito a caminhada.
É ter realizado totalmente seu destino.
A vida da gente deve ser levada do jeito do rio.
Deixar que corra como deve correr.
Sem apressar e sem represar.
Sem ter medo da calmaria e sem evitar as cachoeiras.
Correr do jeito do rio, na liberdade do leito da vida, sabendo que há um ponto de chegada.
A vida é como o rio.
Por que apressar?
Por que correr se não há necessidade?
Por que empurrar a vida?
Por que chegar antes de se partir?
Toda natureza não tem pressa.
Vai seguindo seu caminho.
Assim é a árvore, assim são os animais.
Tudo o que é apressado perde o gosto e o sentido.
A fruta forçada a amadurecer antes do tempo perde o gosto.
Tudo tem seu ritmo.
Tudo tem seu tempo.
E então, por que apressar a vida da gente?
Desejo ser um rio.
Livre dos empurrões dos outros e dos meus próprios.
Livre das poluições alheias e das minhas.
Rio original, limpo e livre.
Rio que escolheu seu próprio caminho.
Rio que sabe que tem um ponto de chegada.
Sabe que o tempo não interessa.
Não interessa ter nascido a mil ou a um quilômetro do mar.
Importante é chegar ao mar.
Importante é dizer “cheguei”.
E porque cheguei, estou realizado.
A gente deveria dizer: não apresse o rio, ele anda sozinho.
Assim deve-se dizer a si mesmo e aos outros: não apresse a vida, ela anda sozinha.
Deixe-a seguir seu caminho normal.
Interessa saber que há um ponto de chegada e saber que se vai chegar lá.
É bom viver do jeito do rio!

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“Se não houver frutos, valeu a beleza das flores;
Se não houver flores, valeu a sombra das folhas;
Se não houver folhas, valeu a intenção da semente.”

(Henfil)


-------------(Colaborações de Andressa Dias - grato!)

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terça-feira, 22 de junho de 2010

Perspectiva sobre a vida... (para reflexão)

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"A VIDA SÓ PODE SER COMPREENDIDA
OLHANDO-SE PARA TRÁS...

MAS SÓ PODE SER VIVIDA,
OLHANDO-SE PARA A FRENTE
" (Soren Kierkegaard)

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...Novamente se nos parece fundamental a capacidade de perdoar, de amar, de ter desapego etc...

Acredite em Você ! (para refletir)

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"Se você pensa que pode, você pode...
Mas se você pensa que não pode, tem razão."

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domingo, 20 de junho de 2010

PERDOE (para reflexão)

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PERDOE

"As pessoas que não perdoamos

dormirão em nossa cama


e perturbarão o nosso sono
"
(Augusto Cury)

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A propósito, existem coisas
que não precisamos carregar conosco:
rancor,
mágoas,
tristezas,
mau humor...
Então, façamos uma "operação descarte"
constante
em nossas vidas
...

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sábado, 19 de junho de 2010

Meditação - A calma - Dalai Lama

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..."Se você agitar a água num lago, ela fica turva por causa do lodo, embora a própria natureza da água em si não seja suja.

Quando você permite que ela se acalme, o lodo assenta, deixando a água pura
." (Dalai Lama, in "A prática da benevolência e da compaixão", ed. Nova Era, 2002, página 107)

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Redemominhos emocionais.


Nos momentos de grave angústia, de perturbações, de abalo emocional, o melhor a fazer é elevar o pensamento a Deus e confiar, respirar fundo e por um tempo, ainda que pequeno segundo os parâmetros dos nossos relógios, meditar na harmonização dessas vibrações... E, em seguida, agir, com a medida mais adequada para a solução da questão.

O desespero, a pressa, uma medida impensada, intempestiva ou raivosa não apenas não resolverão a essência do problema surgido como provavelmente produzirão novas causas de perturbação e novos redemoinhos emocionais, tornando ainda mais difícil a solução de todos os problemas identificados.

Importante é perceber que deve haver uma única raiz desse determinado problema identificado e que as demais questões são periféricas: cortar o "mal" pela raiz é uma forma popular de nos dizer com muita clareza onde devemos focar nosso pensamento e nossas energias.

Também é fundamental que a questão seja resolvida e que daí vire passado e que como tal seja tratada, sem reflexos na vida presente e futura. Para tanto, PERDOAR é fundamental... perdoar os que conosco se relacionaram e perdoar a si próprio, quando necessário...

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quarta-feira, 16 de junho de 2010

Saber Ouvir - para reflexão

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A arte de ouvir é, também, a ciência de ajudar.
(Joanna de Ângelis).

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Parábola do Vagalume e da Cobra - para refletir

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Era uma vez uma cobra que começou a perseguir um vaga-lume que só vivia para brilhar. Ele fugia rapidamente, com medo da feroz predadora, e a cobra nem pensava em desistir.

Fugiu um dia e ela não desistia, dois dias e nada… No terceiro dia, já sem forças, o vaga-lume parou e disse à cobra:

– Posso fazer-lhe três perguntas?

– Não costumo abrir esse precedente para ninguém, mas já que vou comer você mesmo, pode perguntar…

– Pertenço a sua cadeia alimentar?

– Não.

– Te fiz alguma coisa?

– Não.

– Então, por que você quer me comer?

– Porque não suporto ver você brilhar…

(Parábolas, in "As Mais Belas Parábolas de Todos os Tempos",
Vol. I, A. Rangel, Ed. Leitura)

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... será
que

não
representamos
os
dois
papéis,
durante
nossas
vidas?!?
...


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Respire fundo e siga em frente...

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...
Respire fundo,
Seja forte
Siga em frente...

Coração leve
Confiante.

Ainda que tenha
que buscar fôlego
Siga em frente.

Trace a meta
Acredite em si.

Tenha fé...

Depois, agradeça
e abrace o mundo
com sua gratidão...

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domingo, 13 de junho de 2010

Sócrates, Platão e Kardecismo - Anotações

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Antes de Sócrates, as indagações dos primeiros filósofos referem-se ao Cosmo, com questionamentos acerca do elemento primordial da vida, se a água, o ar, o fogo ou a Terra.

A vinda de Sócrates muda essa abordagem e o homem volta-se para dentro de si mesmo, através da maiêutica, do conhecimento de si mesmo. O autoconhecimento era um dos pontos básicos da filosofia socrática. A recomendação básica que fazia aos seus discípulos era “conhece-te a ti mesmo”, frase inscrita no Oráculo de Delfos.

Indagava-se e aos seus acerca da “essência do homem” e respondia dizendo que o homem é a sua alma, que o distingue de todos os seres da natureza.

Penso que não ter necessidade é coisa divina e ter as menores necessidades possíveis é o que mais se aproxima do divino” (Sócrates)

“Ele supõe saber alguma coisa e não sabe, enquanto eu, se nao sei, tampouco suponho saber. Parece que sou um pouco mais sábio que ele exatamente por não supor que saiba o que nao sei” (Sócrates)

Dizia ter um “gênio”, que consideramos como um espírito amigo ou espírito protetor.
DEUS

Para Sócrates, Deus é uma inteligência onipresente, onisciente, onipotente, absolutamente invisível ao homem. Deriva a prova da existência de Deus da finalidade do mundo. A ordem cósmica (o providencial de acontecer) é obra de um Espírito inteligente e não do acaso.

Platão, discípulo de Sócrates, dá continuidade ao método socrático, aperfeiçoando-o. Depois de Platão surgiu Aristóteles. E assim poderíamos ir arrolando os diversos filósofos até chegarmos à época atual.

Platão deixou-nos um estudo muito interessante e que nos leva a profundas reflexões, conhecido como “O MITO DA CAVERNA”. Por esta alegoria, nos explica a evolução do processo do conhecimento:

“Segundo ele, a maioria dos seres humanos se encontra como prisioneiro de uma caverna, permanecendo de costas para a abertura luminosa e de frente para a parede escura do fundo. Devido a uma luz que entra na caverna, o prisioneiro contempla na parede do fundo as projeções dos seres que compõem a realidade. Acostumado a ver somente essas projeções , assume a ilusão do que vê, as sombras do real, como se fosse a verdadeira realidade.

Se escapasse da caverna e alcançasse o mundo luminoso da realidade, se libertaria da ilusão. Mas estando acostumado às sombras, às ilusões, teria que habituar os olhos à visão do real: primeiro olharia as estrelas da noite, depois as imagens das coisas refletidas nas águas tranquilas, até que pudesse encarar o Sol, e enxergar a fonte de toda a luminosidade.

Segundo Platão, somente os filósofos - eternos buscadores da verdade - é que teriam condições de libertar-se da ilusão do mundo sensível e atingir a plena sabedoria da realidade. Por isso, em seu livro República, imaginou uma sociedade ideal, governada por reis-filósofos - pessoas capazes de atingir o mais alto conhecimento do mundo das ideias, que consiste na ideia do bem
.”


PENSAMENTOS E PONTOS COMPARADOS

DEUS


Para Sócrates, Deus é uma inteligência onipresente, onisciente, onipotente, absolutamente invisível ao homem. Deriva a prova da existência de Deus da finalidade do mundo. A ordem cósmica (o providencial de acontecer) é obra de um Espírito inteligente e não do acaso.

Para o Espiritismo, Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas a coisas. Seus atributos são: eterno, imutável, imaterial, único, todo-poderoso e soberanamente justo e bom. Para crer em Deus é suficiente lançar os olhos às obras da sua Criação. Não há efeito sem causa. Se o efeito é inteligente a causa também o é.

ALMA

Para Sócrates, a alma participa da natureza divina e é dada por Deus ao homem; a vida não depende do corpo, depende da alma; através da união da alma ao corpo, a alma se macula, e só reconquista sua pureza pela libertação do corpo.


Para Platão o homem é a união da alma e do corpo. A alma é a essência do corpo, e tem a natureza das idéias. Alma é o princípio do movimento e da vida, portanto imortal.
Classifica-a em: Alma racional – alma-cabeça; Alma passional – alma-peito; Alma apetitiva – alma-ventre.

Para o Espiritismo, a alma é o Espírito encarnado. Para progredir no mundo material, une-se ao princípio vito-material do gérmen, e sofre todas as limitações que a matéria impõe ao Espírito imortal.

REENCARNAÇÃO

Para Platão, se a alma, quando penetra o corpo, não busca manter sua pureza, quando morre o corpo, não retornará ao mundo das idéias, mas estará sujeita à transmigração para outro corpo de homem ou animal (metempsicose), segundo as predileções que tenha manifestado.

Para o Espiritismo, a alma, quando não atinge sua evolução espiritual completa, entra no mundo espiritual denominado de erraticidade, e espera por uma nova oportunidade de voltar a este mundo. A reencarnação num corpo material é uma conseqüência da impureza da alma.

QUESÕES MORAIS

A JUSTIÇA


Sócrates e Platão tratam constantemente da purificação da alma.

Platão nos diz que para cada parte da alma há uma virtude: Alma racional – sabedoria; Alma passional – coragem, fortaleza; Alma apetitiva – temperança.

A justiça engloba todos esses tipos de alma – requisitos essenciais para a harmonia do ser e, por conseguinte, para a felicidade. Quem pratica uma injustiça deve ser punido e a pena, a expiação, é a purificação (catharsis), ou seja, a libertação do mal anterior.

Para o Espiritismo, a Lei de Amor, Justiça e Caridade é a mais importante das leis naturais, porque resume todas as demais e dá-lhe suporte. O Código da Vida Futura segundo o Espiritismo pode ser resumido em: arrepender-se, sofrer e reparar o mal (injustiça).

RIQUEZA

Para Sócrates e Platão, a riqueza é um grande perigo. Todo homem que ama a riqueza não ama nem a si, nem o que está em si. O apego aos bens materiais é perda da alma.
Para o Espiritismo, a riqueza é uma prova mais difícil do que a pobreza, porque pode provocar o apego aos bens materiais, e dificultar o acesso aos bens espirituais.

MÁXIMAS

Sócrates e Platão: “É pelos frutos que se reconhece a árvore”.

Espiritismo: encontra-se textualmente repetida nos Evangelhos;

Sócrates e Platão: “A virtude não se pode ensinar; ela vem por um dom de Deus àqueles que a possuem”.

Espiritismo: evoca os esforços para conquistá-la.

Sócrates e Platão: “É uma disposição natural, em cada um de nós, aperceber-se bem menos dos nossos defeitos que dos de outrem”.

Espiritismo: o Evangelho diz: “Vedes o argueiro no olho do vosso vizinho, e não vedes a trave que está no vosso”.

CODIFICAÇÃO DO ESPIRITISMO

Sócrates, quando ensina nas praças públicas, lança as sementes da maioridade terrestre, o formoso ideal da fraternidade e da prática do bem.

Jesus, cinco séculos depois, vem ensinar o “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

Depois de Jesus tivemos os contributos de São Francisco de Assis, Santo Agostinho, Descartes, Kant, Espinosa, Barret, Crookes e outros.

Em 18/04/1857, com o lançamento de O Livro dos Espíritos, Kardec fornece ao mundo o embrião da Doutrina dos Espíritos. Muito, de lá para cá, se escreveu, construiu e consolidou, acerca da doutrina.

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Vide: Alan Kardec (O Evangelho Segundo o Espiritismo e O Livro dos Espíritos);
http://scm2000.sites.uol.com.br/mitodacaverna.html;
http://www.mariodeandrade.com.br/revistaeletronica/sophiavirtual/platao.htm

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Cultuar bons pensamentos - Mens Sana in Corpore Sano - para reflexão


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Nota introdutória: Esta leitura deve ser complementada com os estudos já aqui publicados, sob os títulos “SOBRE DOENÇAS (FÍSICAS, ESPIRITUAIS E POR ATRAÇÃO) - LIÇÕES DE WANDERLEY LEMOS e UMA ANÁLISE À LUZ DO ESPIRITISMO” (23.5.2010) e “Perispírito - Algumas anotações a respeito” (31.5.2010)

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“Assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual pode absorver elementos de degradação que lhe corroem os centros de força, com reflexos sobre as células materiais. Se a mente da criatura encarnada ainda não atingiu a disciplina das emoções, se alimenta paixões que a desarmonizam com a realidade, pode, a qualquer momento, intoxicar-se com as emissões mentais daqueles com quem convive e que se encontrem no mesmo estado de desequilíbrio. Às vezes, semelhantes absorções constituem simples fenômenos sem maior importância; todavia, em muitos casos, são suscetíveis de ocasionar perigosos desastres orgânicos. Isto acontece, mormente quando os interessados não têm vida de oração, cuja influência benéfica pode anular inúmeros males.” (Anacleto, in XAVIER, Francisco Cândido. “Missionários da Luz”. 24ª ed. Rio de Janeiro: RJ, FEB, 1993. Cap. 19.)

Em “Entre a Terra e o Céu”, Clarêncio (XAVIER, Francisco Cândido. “Entre a Terra e o Céu”. 17ª ed. Rio de Janeiro: RJ, FEB, 1997. Cap. 20) disse: “Como não desconhecem, o nosso corpo de matéria rarefeita está intimamente regido por sete centros de força, que se conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estabelecem, para nosso uso, um veículo de células elétricas, que podemos definir como sendo um campo eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado. Nossa posição mental determina o peso específico do nosso envoltório espiritual e, conseqüentemente, o “habitat” que lhe compete. Mero problema de padrão vibratório. Cada qual de nós respira em determinado tipo de onda. Quanto mais primitiva se revela a condição da mente, mais fraco é o influxo vibratório do pensamento, induzindo a compulsória aglutinação do ser às regiões da consciência embrionária ou torturada, onde se reúnem as vidas inferiores que lhe são afins. O crescimento do influxo mental, no veículo eletromagnético em que nos movemos, após abandonar o corpo terrestre, está na medida da experiência adquirida e arquivada em nosso próprio espírito. Atentos a semelhante realidade, é fácil compreender que sublimamos ou desequilibramos o delicado agente de nossas manifestações, conforme o tipo de pensamento que nos flui da vida íntima. Quanto mais nos avizinhamos da esfera animal, maior é a condensação obscurecente de nossa organização, e quanto mais nos elevamos, ao preço de esforço próprio, no rumo das gloriosas construções do espírito, maior é a sutileza de nosso envoltório, que passa a combinar-se facilmente com a beleza, com a harmonia e com a luz reinantes na Criação Divina. (...) Tal seja a viciação do pensamento, tal será a desarmonia no centro de força, que reage em nosso corpo a essa ou àquela classe de influxos mentais.

Jacob Melo (in MELO, Jacob. “O Passe: Seu Estudo, Suas Técnicas, Sua Prática”. 17ª ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 2006. Cap. 4, item 3.5) recomenda: “Rearmonizar os centros de força, portanto, é reformar-se moralmente, agindo de maneira cristã em todos os momentos da vida. Mas, como isso não é comum às nossas ampliadas comodidades, a nós, falíveis espíritos devedores, nos cabe exercitar por possuí-las pelo perdão, pela fraternidade e pela compreensão, ajudando, socorrendo e, sobretudo, orando por nosso próximo. Dessa forma vibraremos em ondas de mais elevado teor moral, fazendo valer nosso centro coronário como captador das boas energias espirituais para distribuir o equilíbrio devido aos demais centros, assim espiritualizando nossa matéria (...)”

Interessante notar que a norte-americana Barbara Ann Brennan apresenta um raciocínio muito interessante: “Toda doença é uma mensagem direta dirigida a você, dizendo-lhe que não tem amado quem você é e nem se tratado com carinho, a fim de ser quem você é”. De fato, todas as vezes que nosso corpo apresentar alguma “doença”, isto deve ser tomado como um sinal de que alguma coisa não está bem. Diz que a doença não é uma causa, mas uma conseqüência proveniente das energias negativas que circulam por nossos organismos espiritual e material. O controle das energias é feito através dos pensamentos e dos sentimentos, portanto, possuimos energias que nos causam doenças porque somos indisciplinados mentalmente e emocionalmente. Em Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz explica que “assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual absorve elementos que lhe degradam, com reflexos sobre as células materiais”.

No seu livro intitulado “Mãos de Luz” (a Ordem já o possui em seu acervo), disse que, permanentemente, recebemos energia vital que vem do cosmo, da alimentação, da respiração e da irradiação das outras pessoas e para elas imprimimos a energia gerada por nós mesmos. Assim, somos responsáveis por emitir boas ou más energias às outras pessoas. A energia que irradiamos aos outros estará impregnada com nossa carga energética, isto é, carregada das energias de nossos pensamentos e de nossos sentimentos, sendo necessário que vigiemos o que pensamos e sentimos.

Tudo o que fazemos gera efeitos, sejam ações ou omissões, em atos concretos ou em pensamentos. A cada negativo pensamento, emoção, sensação ou sentimento, o perispírito adquire uma forma mais densa e sua cor fica mais escura, por causa da absorção de energias nocivas. Durante os momentos de indisciplina, o homem mobiliza e atrai fluidos primários e grosseiros, os quais se convertem em um resíduo denso e tóxico.

Temos que refletir e compreender que é devido à densidade que estas energias nocivas não conseguem descer de imediato ao corpo físico e vão se acumulando no perispírito.
Assim, com o passar do tempo, as cargas energéticas nocivas que não forem dissolvidas ou não descerem ao corpo físico formam manchas e placas que aderem à superfície do perispírito, comprometendo seu funcionamento e se agravando quando a carga deletéria acumulada é aumentada com desatinos da existência atual.

A medicina é a ciência que cuida e domina esta arte. Mas, podemos refletir acerca e considerar que, em seus tratados didáticos, a medicina explica que, no organismo do homem, desde seu nascimento físico, existem micróbios, bacilos, vírus e bactérias capazes de produzirem várias doenças humanas. Graças à quantidade ínfima de cada tipo de vida microscópica existente, eles não causam incômodos, doenças ou afecções mórbidas, pois ficam impedidos de terem uma proliferação além da “cota -mínima” que o corpo humano pode suportar sem adoecer. No entanto, quando esses germes ultrapassam o limite de segurança biológica fixado pela sabedoria da natureza, motivados pela presença de energias nocivas no corpo físico, eles se proliferam e destroem os tecidos de seu próprio “hospedeiro”. Essas radiações nocivas criam áreas específicas nas quais podem se instalar ou se desenvolver as vidas microscópicas encarregadas de produzir os fenômenos compatíveis com os quadros das necessidades morais para o indivíduo. Elas se alimentam destas energias nocivas que chegam ao físico, conseguindo se multiplicar mais rapidamente e, em conseqüência, causando as doenças.

Como pensamos na cura do espírito, temos que a recuperação do espírito enfermo só poderá ser conseguida mediante a eliminação da carga tóxica que está impregnada em seu perispírito. Embora o pecador já arrependido esteja disposto a uma reação construtiva no sentido de se purificar, ele não pode se subtrair dos imperativos da Lei de Causa e Efeito. Para cada atitude corresponde um efeito de idêntica expressão, impondo uma retificação de aprimoramento na mesma proporção, ou seja, a pessoa tem que dispender um esforço para repor as energias positivas da mesma maneira que dispende esforços para produzir as energias negativas que se acumulam em seu perispírito.

O pensamento espírita não prega o conformismo, temos que nos movimentar e cuidar do corpo, já que ele tem uma missão para com o espírito... Temos que procurar o apoio médico e seguir as orientações do profissional da medicina, mas procurar cuidar da alma que habita o corpo e compreender a forma pela qual a doutrina espírita explica as doenças e suas causas e cura.

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Consultar, também: XAVIER, Francisco Cândido. “Missionários da Luz”. 24ª ed, Cap. 19; XAVIER, Francisco Cândido. “Entre a Terra e o Céu”. 17ª ed. Cap. 20; MELO, Jacob. “O Passe: Seu Estudo, Suas Técnicas, Sua Prática”. 17ª ed. Cap. 4; Revista Cristã de Espiritismo, edição especial 02; Barbara Ann Brennam, Mãos de Luz e, neste blog: “SOBRE DOENÇAS (FÍSICAS, ESPIRITUAIS E POR ATRAÇÃO) - LIÇÕES DE WANDERLEY LEMOS e UMA ANÁLISE À LUZ DO ESPIRITISMO” (23.5.2010) e “Perispírito - Algumas anotações a respeito” (31.5.2010)

sábado, 12 de junho de 2010

"TODA GLÓRIA É EFÊMERA" - frase romana - PARA REFLEXÃO



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>Após uma vitoriosa batalha, havia o “Triunfo”.

Triunfo era uma das maiores solenidades da antiga Roma e a maior recompensa dada aos generais vitoriosos.

Vencedor, o general, vestido de púrpura e com uma coroa de louros na cabeça, entrava na cidade sentado num magnífico carro puxado por quatro cavalos brancos. Á sua frente iam os senadores. Os seus parentes e amigos o rodeavam. Era, também, seguido por todo o seu exército e por um grande número de cidadãos. Era assim que o general vitorioso – o Triunfador – era conduzido em pompa ao Capitólio Romano. Adiante dele iam os despojos dos inimigos vencidos – quadros e objetos de arte das províncias que havia conquistado. Com correntes de ouro e prata iam à frente os reis e os chefes prisioneiros. Atrás, as vítimas que deveriam morrer.

Durante essa cerimônia, para abater o orgulho que um aparato tão deslumbrante pudesse inspirar ao Triunfador, um escravo, colocado atrás dele, no mesmo carro, juntava uma voz discordante às aclamações da multidão e fazia ouvir cantos mofadores e palavras satíricas: “Lembra-te que és homem´, gritava ele ao vitorioso: “Cuidado! Não caias” – Cave ne cadas (em latim)... lembrava, assim, sozinho, o escravo ao vitorioso General, que "toda glória é efêmera".


Aquele escravo, junto ao Triunfador, repetia a ele aquele alerta para que em meio à embriagues da glória, o general romano não se esquecesse de sua condição humana. Para que tanta pompa e circunstância não o fizessem pensar ser um “deus” ou alguém dotado de poderes divinos. O escravo repetia incessantemente o Cave ne cadas para que o general romano se lembrasse de que muitas vezes a queda segue, de perto, o Triunfo.


Isso é um alerta para aqueles que se deixam iludir com as coisas deste mundo de provas e expiações... Devemos procurar ser capazes de bem usufruir das experiências desta existência, vivendo das coisas do mundo neste nosso atual ciclo,
mas zelando para que nossa alma não fique
por demais ligada às coisas materiais a ponto de criar com elas um "elo aprisionador" e, talvez, repetir que "toda glória é efêmera" e pensar a respeito, seja uma pequena semente mas eficaz advertência da verdadeira obra que temos que construir, perante Deus, neste nosso ciclo evolutivo".

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sexta-feira, 11 de junho de 2010

Wanderley Lemos - 3 meses de saudades


"Em 11 de março de 2010, Wanderley Lemos, mentor espiritual da Ordem e um dos seus fundadores, cumpriu na Terra sua missão e foi chamado ao plano espiritual...

Faz-nos falta... o amigo e que nos atendia em todas as horas, mesmo nas madrugadas...
-
Falar do amigo é difícil, pois as lágrimas vêm aos olhos... é mais fácil falar do incansável trabalhador que, dos seus mais de 80 anos, amou e pelo amor trabalhou pelo próximo e que enche de orgulho quem o conheceu e teve o privilégio de com ele conviver...

Deixa saudades, muitas... muito Amado, respeitado e querido...

Vive entre nós, pelas boas sementes, pelos bons ensinamentos, pelas tantas provas de dedicação incansável ao próximo e fidelidade a viver uma vida de caridade e pela caridade...

Que descanse em paz!
"

domingo, 6 de junho de 2010

"Resguarda-te em Paz" (Joanna De Angelis)

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"Não te permeies com os fluidos deletérios
dos enfermos psíquicos,
ingratos e perniciosos,
que vivem contigo
e te buscam perturbar.

Tem-nos na conta em que se encontram
e exercita paciência para com eles.

Não te aflijas face às acusações
insensatas e despeitadas
que outros te fazem,
ante a impossibilidade de alcançarem-te
e caminharem ao teu lado.

A tua vitória não pode ser perturbada
pelas insignificâncias do caminho.

Não revides as agressões mentais
com que investem contra ti.

Permanece em calma
e amortece o dardo que dispararam,
fazendo-o desagregar-se ao atingir
o algodão da tua sensibilidade.

Não reivindiques compreensão nunca.

Quem alcança as alturas vê melhor
e tem o dever de desculpar aqueles que
ainda estão no vale em sombras.

A tua paz é de relevância,
e para mantê-la
investe os teus valores mais altos.

Paz é conquista interior.

Paz é iluminação interna.

Paz é presença divina no indivíduo.

Resguarda-te, pois, em paz
e deixa o tempo transcorrer,
porquanto ele conseguirá fazer amanhã
o que hoje te parece impossível conseguir.

Resguarda-te em Paz
Jesus, na montanha das Bem-aventuranças,
ou no Getsémani,
ou no Gólgota,
manteve a mesma paz,
em razão da certeza de saber que Deus estava com Ele,
e, por conseqüência, Ele estava com Deus.

Paz é Deus na mente e no coração
."

(Joanna de Ângelis - psicografado por Divaldo Franco)

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A Paz Vem de Deus (Divaldo Pereira Franco)

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"A Paz Vem de Deus (Divaldo Pereira Franco)

Documento remetido pelo tribuno e médium Divaldo Pereira Franco ao Secretário Geral do Encontro de Cúpula Mundial de Líderes Religiosos e Espirituais pela Paz Mundial.

"Herança do primarismo, que ainda predomina em a natureza humana, a guerra é vestígio de barbárie que necessita ser extirpada da Terra.

Quando acossado, esfaimado, ou atormentado pelo cio, que lhe faculta a procriação, o animal ataca e mata. O ser humano, no entanto, preservando essa herança ancestral, também se faz agressor do seu irmão, vitimado por fatores de profunda perturbação emocional, mental, social, econômica, religiosa, étnica, cultural, demonstrando que ainda não se identificou com Deus, ou se O conhece, seu relacionamento é superficial ou fanático, não lhe havendo permitido uma perfeita sintonia com a paz que dEle se irradia, e que deve estender-se por todo o mundo. A paz é resultado da Lei natural - o amor - que vige em toda parte do Universo. Quando o sentimento de amor, que se encontra na base e na estrutura de todas as Doutrinas religiosas, se apossa dos sentimentos humanos, espalha-se e dirige todas as formas de comportamento, gerando saudável intercâmbio entre as criaturas, que se ajudam reciprocamente, contribuindo para a felicidade uma das outras, evitando qualquer tipo de relacionamento agressivo ou belicoso.
No entanto, porque o desenvolvimento intelectual do ser humano não se fez acompanhado daquele de ordem moral, homens e mulheres, grupos sociais e Nações, ainda não conseguiram libertar-se da constrição do ego, que se lhes torna verdadeiro algoz, propelindo-os para a alucinação preconceituosa de falsa superioridade, que se destaca na conduta social, religiosa, econômica, racial, patriótica e espiritual, impulsionando essas suas vítimas - do egotismo - na direção das calamidades destrutivas, quais as perseguições inclementes que culminam nas guerras hediondas. Esse egoísmo avassalador é responsável pelo nascimento e crescimento do poder impiedoso que se apresenta na economia pessoal, nacional e internacional, fomentando a miséria de outros indivíduos e povos que lhe jazem sob o domínio insensato e perverso. Enquanto acumula fortunas incalculáveis, que somente podem ser mensuradas através de equipamentos de tecnologia avançada, centenas de milhões de outros indivíduos estorcegam na miséria, sem a menor dignidade humana, experimentando a fome, a desolação, as doenças pandêmicas e dilaceradoras variadas e a promiscuidade de toda natureza, havendo perdido, inclusive, o direito de existir...
Esses bolsões de miséria econômica, que proliferam mesmo nos países supercivilizados, constituem cânceres em desenvolvimento no organismo social, que terminam por degenerar, mais cedo ou mais tarde, a sociedade como um todo, ameaçando a própria vida inteligente na terra. Isto porque, os seus gritos de dor e de angústia, mesmo que abafados pelo estardalhaço das paixões desgovernadas naqueles que os oprimem, terminam por alcançar-lhes os ouvidos da alma, atormentando-os e produzindo neles a consciência de culpa, pela responsabilidade que lhes diz respeito nesse clamor resultante do desespero que envolve o planeta que habitamos. Ninguém pode ser feliz a sós, ou apenas no seu grupo de fantasia e prazer, porquanto, embora a fortuna em que se refestela, não se pode evadir da presença interna de Deus, exteriorizando-se como libertação da anestesia do desinteresse pelo próximo; das enfermidades, que fazem parte do programa existencial do ser biológico e se encontram ínsitas na fragilidade orgânica; dos conflitos de natureza psicológica; dos desvios do comportamento mental; da solidão; da frustração e da falta de objetivo existencial, que se faz reconhecido como um vazio interior.
O ser humano foi criado por Deus para a glória estelar. Transitando pelas paisagens terrestres, onde desenvolve as potencialidades interiores que são herança divina nele insculpidas, tem por missão melhorar o mundo, que lhe serve de escola, promovê-lo, intercambiar valores morais, culturais, artísticos, tecnológicos e espirituais, trabalhando para a aquisição da paz interna e da plenitude, que deverá espalhar em volta dos passos, propiciando-as a todos os que o seguem na retaguarda.
A Humanidade cresce, etapa a etapa, em razão das conquistas ancestrais, que passam de uma a outra geração, sempre enriquecidas pelas experiências de engrandecimento e de sabedoria. Nesse ministério incessante, muitos homens e mulheres, se permitem sacrificar: uns na abnegação, outros na pesquisa incessante, outros mais em holocaustos pelos ideais que esposam e são prematuros, portanto, inaceitáveis nos seus dias, abrindo espaço para a sua implantação no futuro... De Sócrates, incompreendido e sacrificado, a Jesus Cristo, perseguido e assassinado, a Ghandi, a Martin Luther King Júnior, vitimados pela loucura da perversidade, disfarçada de preconceitos e hediondez, o fenômeno criminoso se repete, ameaçando as estruturas sociais e culturais, em vãs tentativas de impedirem que sejam eliminados o sofrimento e a desgraça social e econômica na Terra. Assim mesmo, lentamente embora, as criaturas vêm crescendo espiritualmente e aprendendo a respeitar o pensamento e a ação dos Missionários do Bem e do Amor, que se convertem em vexilários da paz e fraternidade entre os povos, promovendo as criaturas humanas individualmente e a sociedade como um todo. Dessa forma, quando todos os religiosos se unirem nos fundamentos essenciais de suas diversas Doutrinas - Deus, imortalidade da alma, justiça divina, amor, fraternidade, perdão e caridade em relação ao próximo - esquecendo as pequenas diferenças, que decorrem das interpretações e exegeses, haverá o desarmamento interior dos indivíduos e, conseqüentemente, o entrosamento de todos, dando surgimento a um só bloco de seres humanos, harmônico e compacto,
materializando o ensinamento de Jesus. Um só rebanho e um só Pastor, que será Deus, não importando o nome que se Lhe atribua, ou a forma sob a qual seja venerado.
Para que esse desiderato se faça alcançado, torna-se urgente a erradicação da miséria moral e as suas conseqüências imediatas: a social, a econômica, que vitimam e enlouquecem quase três quartas partes da Humanidade. Os governos compreenderão, por fim, que se torna uma necessidade de emergência a elaboração de programas de salvação, como a educação, a saúde, o saneamento de regiões infestadas, o trabalho digno, sem a utilização de mão-de-obra escrava, a recreação e os cuidados especiais com a criança, trabalhando-a moralmente, como medida preventiva, para que se evite
o surgimento no futuro de cidadãos perversos e vingadores. Porquanto, tudo aquilo que a sociedade no momento negar aos seus coevos, eles o tomarão logo possam pela violência, quando as circunstâncias lhes permitirem. Educar, portanto, as novas gerações, dignificando-as, é terapia moral que prevenirá o porvir das calamidades que hoje assolam as ruas das pequenas e grandes cidades do mundo, das aldeias ou das megalópoles que se tornam, a cada dia, mais vítimas de insuportáveis agressividades e violências, transformadas como se encontram em palcos de guerras urbanas, embora vicejando a paz...
Por outro lado, o trabalho de conscientização política dignificadora, que os religiosos poderão empreender, evitará que personalidades psicopatas e extravagantes, portadoras de programas de extermínio e de crueldade, se apossem do poder e repitam as tragédias de canibalismo, de genocídio, de vandalismo, de guerras cruéis e ininterruptas, conforme vêm acontecendo.
O indivíduo religioso e espiritual, tem o dever de descobrir que a sua vida somente tem um sentido: servir à Humanidade. E nesse mister, é convidado a empenhar-se para alterar o contexto da sociedade em que vive, mesmo que lhe seja necessário o sacrifício como forma de extirpar do mundo o crime, as agressões, o fanatismo de qualquer expressão, fomentadores das pequenas e grandes guerras que espocam diariamente em toda a parte.
As tensões sociais e humanas, conseqüentemente, desaparecerão quando as criaturas se desarmarem e se amarem, se derem as mãos e intercambiarem os sentimentos de solidariedade e de amor, porquanto essa é a recomendação de Krishna, de Moisés, de Buda, de Lao-Tse, de Jesus Cristo, de Mahomé, de Lutero, de Allan Kardec, de Baha-ú-la e de todos aqueles que trouxeram para a Humanidade a Mensagem libertadora do PAI CRIADOR, em favor de todos os Seus filhos, portanto, irmãos entre si. Com esse propósito no imo dos sentimentos e da mente racional e lúcida, desaparecerão os focos de atritos, de paixões religiosas, de dominações políticas arbitrárias, de perseguições de todo jaez, e a paz lentamente estenderá o seu psiquismo de harmonia nos indivíduos, nos grupos sociais, nos povos e em todas as Nações da Terra."
(fonte http://www.oespiritismo.com.br/textos/ver.php?id1=78)

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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Orai e Vigiai

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Fomos aconselhados, por Jesus, a orar e vigiar.

Mas, orar não é recitar preces decoradas e vigiar não é estar desperto a orar.

Em "O Evangelho Segundo o Espiritismo" explica-se que orar é entrar em contato com o mundo espiritual, para pedir, louvar ou agradecer, enquanto vigiar é cuidar da nossa própria conduta, tentando corrigir defeitos e apurar qualidades.

Mas, estejamos atentos para compreender e explicar: "a oração não é uma troca de favores com Deus.". Antes, é um pedido de inspiração e apoio perante os desafios da vida terrena, louvor e agradecimento dessa ajuda que Deus sempre concede a quem a pede com fé e humildade.

Orando, predispomo-nos a receber essa ajuda. Perante Deus o que conta é a sinceridade e o "coração aberto", não importando a religião de cada um, a forma que dá às suas preces ou a entidade a que se dirige.Os espíritos evoluidos não fazem distinções desse tipo, e muito menos as fará Deus.


Os Benfeitores Espirituais estão ao serviço de Deus e apoiam-nos incondicionalmente, cumprindo-lhe os desígnios.

Ao orarmos podemos usar palavras nossas, simples, vindas do coração. Não devemos dirigir as nossas preces, como algumas pessoas fazem, aos nossos familiares falecidos, porque estes podem não nos poder ajudar e ficam, naturalmente, preocupados.

O "vigiai" também é um alerta para que não cuidemos apenas de alguns setores da nossa vida, pois tudo o que fazemos tem importância e, na idéia do livre-arbítrio, se reflete nas nossas vidas e dos que conosco vivem.

Vigiemos, pois, nossos atos e pensamentos, para que o nosso orar seja mais de agradecimentos...

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terça-feira, 1 de junho de 2010

Religião e Deus

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"Religião e Deus

Quantos são os caminhos para encontrar Deus? De quantas estradas é feito o nosso trilhar para entender as coisas de Deus? Quais são os caminhares que nos levam a Deus?

Não houve na História da Humanidade cultura alguma que não tivesse nos seus valores o entendimento de Deus.

As formas de interpretação da Divindade variaram às centenas, porém, nenhum povo houve que negasse a existência de uma força maior a comandar os desígnios do Universo.

Assim, crer na existência de Deus transcende o aspecto cultural e se insere na essência do sentimento humano de que existe um Criador a gerar a vida, do macro ao microcosmo.

E, ao longo da História, vários foram os ensaios para se explicar e entender Deus.
Seja o deus castigo e vingança das civilizações antigas, ou o deus concebido em forma humana, como nas mitologias greco-romanas, ou ainda o deus natureza dos celtas, sempre foram tentativas do homem de entender Deus.

E hoje, como entendemos Deus?

Provavelmente as suas respostas e explicações acerca da Divindade estão pautadas em uma explicação doutrinária ou religiosa.

E é exatamente para isso que as religiões se estruturam: para nos ajudar a redescobrir Deus, Suas Leis, Seus desígnios e para Ele nos voltarmos.

Desta forma, podemos entender a religião não como um fim e sim um meio. O meio que encontramos para entender Deus e tê-Lo na nossa vida diária.

E, sendo a religião o meio que usamos para reencontrar Deus, é natural que cada um de nós tenha necessidade de um caminho que seja coerente e próprio em relação ao seu amadurecimento emocional, seus valores e conceitos.

Por isso, cada um de nós escolhe essa ou aquela escola religiosa, esse ou aquele caminho para chegar a Deus.

Porém, para Deus, todos os caminhos que levem a Ele são dignos de respeito. Toda doutrina, toda religião que nos torne melhores, é válida.

Além disso, devemos lembrar que a religião por si só não basta em nossa vida. Como também, para sermos pessoas de bem, a religião não é imprescindível.

Há inúmeras pessoas que, sem professarem nenhuma religião, têm uma vida de respeito ao próximo, de conduta ilibada, de retidão de caráter inquestionável.

E outras, apegadas a essa ou aquela escola religiosa, se mostram só preocupadas com a externalidade da religião, cuidando muito pouco do seu mundo íntimo.

Se a religião que escolhemos nos faz pessoas melhores, nos ajuda a entender as Leis de Deus, a nos entender e a entender ao próximo, essa é a melhor religião para nós.
Porém, se ainda nos vinculamos a uma religião, preocupados com o que os outros estão vendo ou pensando, somente para satisfazer vaidades ou expectativas nossas ou de outros, há que se repensar como estamos construindo nossa relação com Deus.

O mais significativo para nós deve ser perceber que a religião que adotamos é o meio que encontramos de construir a religiosidade em nós, do entendimento de Deus, respeitando o próximo nos caminhos que ele escolher para compreender Deus e trazê-Lo para dentro de si.
(in Redação do Momento Espírita, em 28.05.2010 - texto enviado por e-mail,por Regina da Conceição Machado Chagas,a quem agradecemos a colaboração).

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