terça-feira, 14 de janeiro de 2014

A vida é o que você deseja, diariamente... (para refletir)




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"A vida é aquilo que você deseja, diariamente"... (Chico Xavier)


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   O pensamento é potência da alma... A alma humana tem inúmeras potencialidades que nós ainda não inteiramente dominamos.
   Mas, através do amor e dos ensinamentos e exemplo maior do Mestre Jesus temos uma nota exemplificadora daquilo que deve se ocupar a nossa mente...
    Dirão que não conseguimos todo o tempo dominar nossos pensamentos e nossas emoções... Mas provavelmente já conseguimos dominar algumas de nossas ações... Ora, as ações não ocorrem sozinhas mas em decorrência de intenções e pensamentos e se dominamos algumas das nossas tendências e atitudes já podemos nos alegrar pois estamos dando provas da nossa evolução... Mas há ainda muito e esses provas não são efetivamente um prêmio final ou razão para não insistirmos em novos avanços mas, ao contrário, mera demonstração e incentivo na senda da nossa melhora, prova de que podemos melhorar, sempre...
    A vida pode ser não exatamente como gostaríamos quando medimos o tamanho de certas provações, de dificuldades materiais, de obstáculos que parece sempre estar em nossos caminhos... Mas será que a vida aqui na Terra deveria ser "do jeito que desejamos"? Será que estamos aqui como quem está num Resort e apenas para curtir? Ou aqui, num mundo de provas e expiações, estamos para aprender, evoluir, melhorar a nossa capacidade de amar e de sermos amados? E, apesar de tudo isso, não podemos ter momentos de paz e felicidade reais em nossos dias, sem ilusões, sem influências de sensações de posse, de egoísmo, de inveja ou emoções menores?
   Ora, tem gente que parece que se faz consigo um tipo de autosabotagem, como que a cada dia criando uma desculpa para não ser feliz... um obstáculo para não avançar... colocando uma pedra no seu próprio caminho... Cada tarefa não plenamente cumprida não gera satisfação... Do mesmo modo, cada dia perdido no aprendizado, na tentativa de acertar, no propósito do bem é um dia que não volta mais e cada dia é uma benção dos céus... Paremos de nos atrapalhar! Cuidemos dos nossos pensamentos e um bom treinamento é acordarmos e nos desejarmos um bom dia, assim que nos vermos no espelho, pelo amanhecer... Merecemos que cuidemos de nós... E, se nos amarmos, certamente ficará mais fácil que outros nos amem e que amemos ao próximo!

Paz!


A Edificação Cristã

A EDIFICAÇÃO CRISTÃ

OS PRIMEIROS CRISTÃOS:
Atingindo um período de nova compreensão concernente aos mais graves problemas da vida, a sociedade da época sentia de perto a insuficiência das escolas filosóficas conhecidas, no propósito de solucionar as suas grandes questões. A idéia de uma justiça mais perfeita para as classes oprimidas tornara-se assunto obsidente para as massas anônimas e sofredoras.
Em virtude dos seus postulados sublimes de fraternidade, a lição do Cristo representava o asilo de todos os desesperados e de todos os tristes. As multidões dos aflitos pareciam ouvir aquela misericordiosa exortação: - "Vinde a mim, vós todos que sofreis e tendes fome de justiça e eu vos aliviarei" - e da cruz chegava-lhes, ainda, o alento de uma esperança desconhecida.
A recordação dos exemplos do Mestre não se restringia aos povos da Judéia, que lhe ouviram diretamente os ensinos imorredouros.
Numerosos centuriões e cidadãos romanos conheceram pessoalmente os fatos culminantes das pregações do Salvador. Em toda a Ásia Menor, na Grécia, na África e mesmo nas Gálias, como em Roma, falava-se dEle, da sua filosofia nova que abraçava todos os infelizes, cheia das claridades sacrossantas do reino de Deus e da sua justiça. Sua doutrina de perdão e de amor trazia nova luz aos corações e os seus seguidores destacavam-se do ambiente corrupto do tempo, pela pureza de costumes e por uma conduta retilínea e exemplar.
A princípio, as autoridades do Império não ligaram maior importância à doutrina nascente, mas os Apóstolos ensinavam que, por Jesus-Cristo, não mais poderia haver diferença entre os livres e os escravos, entre patrícios e plebeus, porque todos eram irmãos, filhos do mesmo Deus. O patriciado não podia ver com bons olhos semelhantes doutrinas. Os cristãos foram acusados de feiticeiros e heréticos, iniciando-se o martirológio com os primeiros editos de proscrição. O Estado não permitia outras associações independentes, além daquelas consideradas como cooperativas funerárias e, aproveitando essa exceção, os seguidores do Crucificado começaram os famosos movimentos das catacumbas.
A PROPAGAÇÃO DO CRISTIANISMO:
Na Judéia cresce, então, o número dos prosélitos da nova crença. O hino de esperanças da manjedoura e do calvário espalha nas almas um suave e eterno perfume. É assim que os Apóstolos, cuja tarefa o Cristo abençoara com a sua misericórdia, espalham as claridades da Boa Nova por toda a parte, repartindo o pão milagroso da fé com todos os famintos do coração.
A doutrina do Crucificado propaga-se com a rapidez do relâmpago.
Fala-se dela, tanto em Roma como nas Gálias e no norte da África.
Surgem os advogados e os detratores. Os prosélitos mais eminentes buscam doutrinar, disseminando as idéias e interpretações. As primeiras igrejas surgem ao pé de cada Apóstolo, ou de cada discípulo mais destacado e estudioso.
A centralização e a unidade do Império Romano facilitaram o deslocamento dos novos missionários, que podiam levar a palavra de fé ao mais obscuro recanto do globo, sem as exigências e os obstáculos das fronteiras.
Doutrina alguma alcançara no mundo semelhante posição, em face da preferência das massas. É que o Divino Mestre selara com exemplos as palavras de suas lições imorredouras.
Maior revolucionário de todas as épocas, não empunhou outra arma além daquelas que significam amor e tolerância, educação e aclaramento. Condenou todas as hipocrisias, insurgiu-se contra todas as violências oficializadas, ensinando simultaneamente aos discípulos o amor incondicional à ordem, ao trabalho e à paz construtiva. É por essa razão que os Evangelhos constituem o livro da Humanidade, por excelência. Sua simplicidade e singeleza transparecem na tradução de todas as línguas da Terra, prendendo a alma dos homens entre as luzes do Céu, ao encanto suave de suas narrativas.

A REDAÇÃO DOS TEXTOS DEFINITIVOS:
Nesse tempo, quando a guerra formidável da critica procurava minar o edifício imortal da nova doutrina, os mensageiros do Cristo presidem à redação dos textos definitivos, com vistas ao futuro, não somente junto aos Apóstolos e seus discípulos, mas igualmente junto aos núcleos das tradições. Os cristãos mais destacados trocam, entre si, cartas de alto valor doutrinário para as diversas igrejas. São mensagens de fraternidade e de amor, que a posteridade muita vez não pôde ou não quis compreender.
Muitas escolas literárias se formaram nos últimos séculos, dentro da crítica histórica, para o estudo e elucidação desses documentos. A palavra"apócrifo" generalizou-se como o espantalho de todo o mundo. Histórias numerosas foram escritas. Hipóteses incontáveis foram aventadas, mas os sábios materialistas, no estudo das idéias religiosas, não puderam sentir que a intuição está acima da razão e, ainda uma vez, falharam, em sua maioria, na exposição dos princípios e na apresentação das grandes figuras do Cristianismo.
A grandeza da doutrina não reside na circunstância de o Evangelho ser de Marcos ou de Mateus, de Lucas ou de João; está na beleza imortal que se irradia de suas lições divinas, atravessando as idades e atraindo os corações. Não há vantagem nas longas discussões quanto à autenticidade de uma carta de Inácio de Antioquia ou de Paulo de Tarso, quando o raciocínio absoluto não possui elementos para a prova concludente e necessária. A opinião geral rodopiará em torno do crítico mais eminente, segundo as convenções. Todavia, a autoridade literária não poderá apresentar a equação matemática do assunto. É que, portas a dentro do coração, só a essência deve prevalecer para as almas e, em se tratando
das conquistas sublimadas da fé, a intuição tem de marchar à frente da razão, preludiando generosos e definitivos conhecimentos.
A MISSÃO DE PAULO:
No trabalho de redação dos Evangelhos, que constituem, sem dúvida, o portentoso alicerce do Cristianismo, verificavam-se, nessa época, algumas dificuldades para que se lhes desse o precioso caráter universalista.
Todos os Apóstolos do Mestre haviam saído do teatro humilde de seus gloriosos ensinamentos; mas, se esses pescadores valorosos eram elevados Espíritos em missão, precisamos considerar que eles estavam muito longe da situação de espiritualidade do Mestre, sofrendo as influências do meio a que foram conduzidos. Tão logo se verificou o regresso do Cordeiro às regiões da Luz, a comunidade cristã, de modo geral, começou a sofrer a influência do judaísmo, e quase todos os núcleos organizados, da doutrina, pretenderam guardar feição aristocrática, em face das novas igrejas e associações que se fundavam nos mais diversos pontos do mundo.
É então que Jesus resolve chamar o espírito luminoso e enérgico de Paulo de Tarso ao exercício do seu ministério. Essa deliberação foi um acontecimento dos mais significativos na história do Cristianismo. As ações e as epístolas de Paulo tornam-se poderoso elemento de universalização da nova doutrina. De cidade em cidade, de igreja em igreja, o convertido de Damasco, com o seu enorme prestígio, fala do Mestre, inflamando os corações. A princípio, estabelece-se entre ele e os demais Apóstolos uma penosa situação de incompreensibilidade, mas sua
influência providencial teve por fim evitar uma aristocracia injustificável dentro da comunidade cristã, nos seus tempos inesquecíveis de simplicidade e pureza.
O APOCALIPSE DE JOÃO:
Alguns anos antes de terminar o primeiro século, após o advento da nova doutrina, já as forças espirituais operam uma análise da situação amargurosa do mundo, em face do porvir.
Sob a égide de Jesus, estabelecem novas linhas de progresso para a civilização, assinalando os traços iniciais dos países europeus dos tempos modernos. Roma já não representa, então, para o plano invisível, senão um foco infeccioso que é preciso neutralizar ou remover. Todas as dádivas do Alto haviam sido desprezadas pela cidade imperial, transformada num vesúvio de paixões e de esgotamentos.
O Divino Mestre chama aos Espaços o Espírito João, que ainda se encontrava preso nos liames da Terra, e o Apóstolo, atônito e aflito, lê a linguagem simbólica do invisível.
Recomenda-lhe o Senhor que entregue os seus conhecimentos ao planeta como advertência a todas as nações e a todos os povos da Terra, e o velho Apóstolo de Patmos transmite aos seus discípulos as advertências extraordinárias do Apocalipse.
Todos os fatos posteriores à existência de João estão ali previstos.
É verdade que freqüentemente a descrição apostólica penetra o terreno mais obscuro; vê-se que a sua expressão humana não pôde copiar fielmente a expressão divina das suas visões de palpitante interesse para a história da Humanidade. As guerras, as nações futuras, os tormentos porvindouros, o comercialismo, as lutas ideológicas da civilização ocidental, estão ali pormenorizadamente entrevistos. E a figura mais dolorosa, ali relacionada, que ainda hoje se oferece à visão do mundo moderno, é bem aquela da igreja transviada de Roma, simbolizada na besta vestida de púrpura e embriagada com o sangue dos santos.

IDENTIFICAÇÃO DA BESTA APOCALÍPTICA:
Reza o Apocalipse que a besta poderia dizer grandezas e blasfêmias por 42 meses, acrescentando que o seu número era o 666 (Apoc. XIII, 5 e 18). Examinando-se a importância dos símbolos naquela época e seguindo o rumo certo das interpretações, podemos tomar cada mês como sendo de 30 anos, em vez de 30 dias, obtendo, desse modo, um período de 1260 anos comuns, justamente o período compreendido entre 610 e 1870, da nossa era, quando o Papado se consolidava, após o seu surgimento, com o imperador Focas, em 607, e o decreto da infalibilidade papal com Pio IX, em 1870, que assinalou a decadência e a ausência de autoridade do Vaticano, em face da evolução científica, filosófica e religiosa da Humanidade.
Quanto ao número 666, sem nos referirmos às interpretações com os números gregos, em seus valores, devemos recorrer aos algarismos romanos, em sua significação, por serem mais divulgados e conhecidos, explicando que é o Sumo-Pontífice da igreja romana quem usa os títulos de "VICARIVS GENERALIS DEI IN TERRIS", "VICARIVS FILII DEI" e "DVX CLERI" que significam "Vigário-Geral de Deus na Terra", "Vigário do Filho de Deus" e "Príncipe do Clero". Bastará ao estudioso um pequeno jogo de paciência, somando os algarismos romanos encontrados em cada titulo papal a fim de encontrar a mesma equação de 666, em cada um deles. Vê-se, pois, que o Apocalipse de João tem singular importância para os destinos da Humanidade terrestre.

O ROTEIRO DE LUZ E DE AMOR:
Mas, voltemos aos nossos propósitos, cumprindo-nos reconhecer nos Evangelhos uma luz maravilhosa e divina, que o escoar incessante dos séculos só tem podido avivar e reacender. É que eles guardam a súmula de todos os compêndios de paz e de verdade para a vida dos homens, constituindo o roteiro de luz e de amor, através do qual todas as almas podem ascender às luminosas montanhas da sabedoria dos Céus.
(Fonte: À Caminho da Luz - Emmanuel - psicografia Francisco C. Xavier - FEB)

O Príncipe Sensato

O  PRÍNCIPE  SENSATO
Neio Lúcio

Comentavam os apóstolos, entre si, qual a conduta mais aconselhável diante do Todo-Poderoso, quando o Mestre narrou com brandura: — Certo rei, senhor de imensos domínios, desejando engrandecer o espírito dos filhos para conferir-lhes herança condigna, conduziu-os a extenso vale verdoengo e rico de seu enorme império e confiou a cada um determinada fazenda, que deviam preservar e enriquecer pelo trabalho incessante.
 O Pai desejava deles a coroa da compreensão, do amor e da sabedoria, somente conquistável através da educação e do serviço; e, como devia utilizar material transitório, deu-lhes tempo marcado para as construções que lhes seriam indispensáveis, mais tarde, aos serviços de elevação.
 Assim procedia, porque o vale era sujeito a modificações e chegaria um momento em que arrasadora tempestade visitaria a região guardando-se em segurança apenas aqueles que houvessem erguido forte reduto.
 Assim que o soberano se retirou, os filhos jovens, seguidos pelas numerosas tribos que os acompanhavam, descansaram, longamente, deslumbrados com a beleza das planícies banhadas de sol.
 Quando se levantaram para a tarefa, entraram em compridas conversações, com respeito às leis de solidariedade, justiça e defesa, cada qual a exigir especiais deferências dos outros.
 Quase ninguém cuidava da aplicação dos regulamentos estabelecidos pelo governo central.
 Os príncipes e seus afeiçoados, em maioria, por questões de conforto pessoal, esmeravam-se em procurar recursos sutis com que pudessem sonegar, sem escândalos visíveis entre si, os princípios a que haviam jurado obediência e respeito.
 E tentando enganar o Magnânimo Pai, por meio da bajulação, ao invés de honrá- lo com o trabalho sadio, internaram-se em complicadas contendas, em torno de problemas íntimos do soberano.
 Gastaram anos a fio, discutindo-lhe a apresentação pessoal.
 Insistiam alguns que ele revelava no rosto a brancura do lírio, enquanto outros perseveravam em proclamar-lhe a cor bronzeada, idêntica à de muitos cativos de Sídon.
 Muitos afirmavam que ele possuía um corpo de gigante e não poucos exigiam fosse ele um anjo coroado de estrela.
 Ao passo que as rixas verbais se multiplicavam, o tempo ia-se esgotando e os insetos destruidores, infinitamente reproduzidos, invadiram as terras, aniquilando grande parte dos recursos preciosos.
 Detritos desceram de serras próximas e fizeram compacto acervo de monturo naquelas regiões, enquanto os príncipes levianos, inteiramente distraídos das obrigações fundamentais que lhes cabiam, se engalfinhavam, a todo instante, a propósito de ninharias.
 Houve, porém, um filho bem-avisado que anotou os decretos paternais e cumpriu-os.
 Jamais esqueceu os conselhos do rei e, quanto lhe era possível, os estendia aos companheiros mais próximos.
 Utilizou grande número de horas que as leis vigentes lhe concediam ao repouso e construiu sólido abrigo que lhe garantiria a tranqüilidade no futuro, semeando beleza e alegria em toda a fazenda que o genitor lhe cedera por empréstimo.
 E assim, quando a tormenta surgiu, renovadora e violenta, o príncipe sensato que amara o monarca e servira-o, desvelado e carinhoso, estendendo-lhe as lições libertadoras, pela fraternidade pura, e cumprindo-lhe a vontade justa e bondosa, pelo trabalho de cada dia, com as aflições construtivas da alma e com o suor do rosto, foi naturalmente amparado num santuário de paz e segurança que os seus irmãos discutidores não encontraram.
 Doce silêncio pairou na sala singela...
 Decorridos alguns minutos, o Mestre fixou os olhos lúcidos na pequena assembléia e concluiu: — Quem muito analisa, sem espírito de serviço, pode viciar-se facilmente nos abusos da palavra, mas ninguém se arrependerá de haver ensinado o bem e trabalhado com as próprias forças em nome do Pai Celestial, no bendito caminho da vida.
(Do Livro Jesus no Lar  - Francisco C. Xavier).

Em Silêncio




Não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos do Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus.” – Paulo. (EFÉSIOS, 6:6.)
Se sabes, atende ao que ignora, sem ofuscá-lo com a tua luz.
Se tens, ajuda ao necessitado, sem molestá-lo com tua posse.
Se amas, não firas o objeto amado com exigências.
Se pretendes curar, não humilhes o doente.
Se queres melhorar os outros, não maldigues ninguém.
Se ensinas a caridade, não te trajes de espinhos, para que teu contacto não dilacere os que sofrem.
Tem cuidado na tarefa que o Senhor te confiou.
É muito fácil servir à vista. Todos querem fazê-lo, procurando o apreço dos homens.
Difícil, porém, é servir às ocultas, sem o ilusório manto da vaidade.
É por isto que, em todos os tempos, quase todo o trabalho das criaturas é dispersivo e enganoso. Em geral, cuida-se de obter a qualquer preço as gratificações e as honras humanas.
Tu, porém, meu amigo, aprende que o servidor sincero do Cristo fala pouco e constrói, cada vez mais, com o Senhor, no divino silêncio do espírito…
Vai e serve.
Não te dêem cuidado as fantasias que confundem os olhos da carne e nem te consagres aos ruídos da boca.
Faze o bem, em silêncio.
Foge às referências pessoais e aprendamos a cumprir, de coração, a vontade de Deus." (Emmanuel - em Vinhas de Luz, ed. Feb)

domingo, 12 de janeiro de 2014

DUAS TRAGÉDIAS NA VIDA: CONQUISTAR O QUE SONHÁVAMOS OU NUNCA OBTER O OBJETO DO DESEJO






"Existem duas tragédias na vida. A primeira é não conseguir tudo aquilo que desejávamos. A segunda é de conseguí-las." (Bernard Shaw)

     É muito grande o assédio por consumo nesses tempos de absoluta falta de privacidade, onde parece que vivemos pela aparência e pelo consumo, como se o mundo e a nossa existência se resumissem a este exato momento...

     Pior! Nesse mundo globalizado e nesse modelo consumista ocidental fica parecendo que a felicidade é representada por algo que se possa comprar, ter, adquirir, tocar, guardar...

     Acontece que essa ilusão que nos seduz também nos afasta do real, da essência, da verdade, da amizade, do amor, da solidariedade...

     Não é incomum que vejamos grupos de amigos juntos, reunidos e o tempo todo consultando seus telefones em busca de mensagens compartilhadas, fotos postadas etc

     Fica difícil sentir o que é a felicidade nesse mundo de superficiais relações... 

     Os diálogos parecem que perdem fácil para uma frase de efeito que sirva de legenda para uma foto !

    Por isso a frase de Bernard Shaw parece muito atual, pois as pessoas tendem a se sentir protagonistas de duas modalidades de tragédias, quando "perdem" alguma coisa ou quando a "conquistam"!

    E sofrem por isso!

    Acontece que o perder e o conquistar ou conseguir parecem nos remeter à idéia de algo que se possa ter, apreender, possuir, na idéia de sermos donos, proprietários... Ora, nada que se possa ter é capaz de nos trazer felicidade, mas apenas satisfação momentãnea pela conquista, aquisição, compra... De mesmo sentido é atribuir à tragédia a perda de algo... Ora, ficam os dedos se os anéis se forem, não é mesmo?

    E a tragédia sob comento bem demonstra como parecem pautadas fúteis existências de vazias vidas...

    Que conseguimamos nos manter atualizados diante das mudanças tecnológicas e ser capazes de adquirir bens para nos servirem e não para que sirvamos a eles... Que nunca percamos a capacidade de "sentir" e do "ser" acima do ter e de nos sentir "irmãos" sem qualquer distinção, conforme nos ensinou Jesus (lembram-se, como exemplo, da passagem de Jesus na casa de Zaqueu?)... 

    Que nossos corações possam amar e que possamos ser capazes de perceber os muitos momentos de felicidade que temos em nossas vidas, ao olhar o sol se pondo, ao receber um sincero e forte abraço de alguém que amamos, ao ver o sorriso de uma criança, ao poder dar a mão a quem precisa e por ter Jesus em nossos corações...

    Assim, conquistar uma coisa ou perdê-la serão meros acontecimentos do nosso cotidiano, sem maior importância, ficando nossas emoções voltadas para o que realmente importa: nossa paz interior e nossa capacidade de amar e de nos deixar amar... aí está nossa felicidade!

    Paz !




(imagem coligida na internet - autoria desconhecida)