terça-feira, 11 de outubro de 2011

O CENTRO ESPÍRITA, POR BEZERRA DE MENEZES




O Centro Espírita é uma sociedade civil mas, muito mais do que isso, é a parte visível de uma obra espiritualista, embasada na doutrina espírita, segundo a codificação de Allan Kardec: "é o local previamente escolhido para encontro com as Forças Superiores" (VIEIRA, Waldo, pelo Espírito André Luiz, in Conduta Espírita, ed FEB, 2006, p. 29, cap, 11).


Sua existência está muito além das paredes físicas, pois o Centro Espírita é escola de formação espiritual e moral, "recanto de paz construtiva" e "núcleo de estudo, de fraternidade, de oração e de trabalho, com base no Evangelho de Jesus, à luz da Doutrina Espírita" (como citado na obra Orientação ao Centro Espírita, Federação Espírita Brasileira, 6a. ed., RJ, FEB - 2004, 61, cap. I), "é um ponto do planeta onde a fé raciocinada estuda as leis universais, mormente no que se reprota à consciência e à justiça, à edificação do destino e à imortalidade do ser, lar de esclarecimento e consolo, renovação e solidariedade" (XAVIER, Francisco Cândido, VIEIRA, Waldo; Estude e Viva; pelos espíritos Emmanuel e André Luiz, 11a. edição, RJ, BEB, 2005, cap 36), "lugar de iluminação da consciência, de enobrecimento moral e ação caridosa" (in Trilhas da Libertação, pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda, FEB, 7a. ed., RJ, 2005, página 83).

É, enfim, local de comunhão, de potencialização das boas energias, de encontro de forças benéficas em prol do progresso, da busca da paz e do conforto, bem como da convalescença das dores e enfermidades da alma... e do trabalho, mediante a prática da amorosa caridade.


O PRIMEIRO CENTRO ESPÍRITA:

Temos que Allan Kardec, tinha a exata necessidade da contínua divulgação da Doutrina que codificava e, logo após publicar O Livro dos Espíritos ( em 18 de abril de 1857), criou um núcleo onde ocorreriam os estudos, a análise das comunicações, a educação e desenvolvimento das faculdades mediúnicas e a prática da caridade, com perfeita convivência entre os seres encarnados e desencarnados e, com isso, fundou em 1o. de abril de 1858 a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, tido como o primeiro Centro Espírita.


O CENTRO ESPÍRITA, POR BEZERRA DE MENEZES:


A respeito do Centro Espírita, Bezerra de Menezes ensina e orienta que, in verbis:


... "tem por finalidade o estudo e a prática da Doutrina dos Imortais, onde se iluminam os Espíritos, aprendendo, na conviência fraternal, a experiência da solidariedade, do trabalho e da tolerância, a fim de poderem avançar no rumo da plenitude.

Não se trata somente de uma construção física, adequada às necessidades de natureza educativa, mas, sobretudo, de uma edificação espiritual, cujas bases devem estar fincadas na rocha da Espiritualidade, de onde nascem as legítimas realizações para o engrandecimento moral das criaturas humanas.

Resultado das vibrações harmônicas dos seus idealizadores e membros dedicados, constitui-se num santuário de bençãos, por cujo intercâmbio vibratório os desncarnados e os encarnados convivem em clima da mais santa fraternidade.

Oficina de trabalho edificante, é também hospital para as almas aturdidas e enfermas, que necessitam de libertar-se da más inclinações, dos vícios e morbosidades, adquirindo a saúde ideal." ... (Bezerra de Menezes, em página psicografada por DIVALDO PEREIRA FRANCO, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador - BA, em 06.2.2006)



E, noutra mensagem sobre o mesmo tema (Centro Espírita), prossegue nos ensinando Bezerra de Menezes:


"As vibrações disseminadas pelos ambientes
de um Centro Espírita,
pelos cuidados dos seus tutelares invisíveis;
os fluidos úteis, necessários aos variados quão delicados trabalhos
que ali se devem processar, desde a cura de enfermos até a
conversão de entidades desencarnadas sofredoras e até mesmo a oratória inspirada pelos instrutores espirituais, são
elementos essenciais, mesmo indispensáveis a certa série
de exposições movidas pelos obreiros da Imortalidade a
serviço da Terceira Revelação. Essas vibrações, esses fluidos
especializados, muito sutis e sensíveis, hão de conservar-se
imaculados, portando, intactas, as virtudes que lhe são
naturais e indispensáveis ao desenrolar dos trabalhos, porque, assim não sendo, se mesclarão de impurezas prejudiciais aos mesmos trabalhos, por anularem as suas profundas possibilidades. Daí porque a Espiritualidade esclarecida
recomenda, aos adeptos da Grande Doutrina, o máximo
respeito nas assembléias espíritas, onde jamais deverão
penetrar a frivolidade e a inconseqüência, a maledicência e
a intriga, o mercantilismo e o mundanismo, o ruído e as
atitudes menos graves, visto que estas são manifestações
inferiores do caráter e da inconseqüência humana, cujo
magnetismo, para tais assembléias e, portanto, para a agremiação que tais coisas permite, atrairá bandos de entidades
hostis e malfeitoras do invisível, que virão a influir nos trabalhos posteriores, a tal ponto que poderão adulterá-los ou
impossibilitá-los, uma vez que tais ambientes se tornarão
incompatíveis com a Espiritualidade iluminada e benfazeja.
Um Centro Espírita onde as vibrações dos seus freqüentadores, encarnados ou desencarnados, irradiem de mentes
respeitosas, de corações fervorosos, de aspirações elevadas;
onde a palavra emitida jamais se desloque para futilidades e
depreciações; onde, em vez do gargalhar divertido, se pratique a prece; em vez do estrépito de aclamações e louvores
indébitos, se emitam forças telepáticas à procura de inspira-
ções felizes; e ainda onde, em vez de cerimônias ou passatempos mundanos, cogite o adepto da comunhão mental
com os seus mortos amados ou os seus guias espirituais; um
Centro assim, fiel observador dos dispositivos recomendados de início pelos organizadores da filosofia espírita, será
detentor da confiança da Espiritualidade esclarecida, a qual
o elevará à dependência de organizações modelares do Espaço, realizando-se então, em seus recintos, sublimes
empreendimentos, que honrarão os seus dirigentes dos dois
planos da Vida. Somente esses, portanto, serão registrados
no além-túmulo como casas beneficentes, ou templos do
Amor e da Fraternidade, abalizados para as melindrosas
experiências espíritas, porque os demais, ou seja, aqueles
que se desviam para normas ou práticas extravagantes ou
inapropriadas, serão, no Espaço, considerados meros clubes
onde se aglomeram aprendizes do Espiritismo em horas de
lazer." (Bezerra de Menezes, in Dramas da obsessão, Yvonne Pereira, Rio de Janeiro: FEB, Terceira parte, “Conclusão”, item III.)



. (imagens coligidas da internet - autoria desconhecida)

3 comentários:

  1. Quantos compromissos envolvidos numa Casa Espírita! Adorei as explicações, pois assim fica mais facil entender tudo o que nos envolve. Lindo.

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  2. OI. MUITO INTERESSANTE E ELUCIDATIVA A MENSAGEM. QUE DEUS PROTEJA SUAS OBRAS, COMO OS CENTROS ESPÍRITAS E A TODOS OS QUE SE DEDICAM AO TRABALHO CARIDOSO E AOS FREQUENTADORES TAMBÉM.
    SEMPRE.

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  3. Bom dia, esta casa é uma que fica perto do ponto fnal do onibus 25?

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