quarta-feira, 7 de março de 2012

De ânimo firme (Emmanuel)






"De ânimo firme.


É possível estejas descobrindo o que não esperavas.


Construções, que supunhas de ouro, acabaram em resíduos de pedra.


Promessas, acalantadas por muitos anos, parecem-te agora rematadas mentiras.


Afetos, julgados invulneráveis, abandonaram-te o passo, quando mais necessitavas de apoio.


Surpreendeste a incompreensão nos companheiros mais nobres e colheste amargos problemas nos próprios filhos que viste crescer, ao calor de teu corpo.


Ruíram aspirações, lembrando preciosos vasos quebrados.


Sonhos desfizeram-se, de improviso, como se ventania arrasadora te devastasse a existência.


Apesar de tudo, porém, renova-te, a cada instante, e caminha incessantemente, arrimando-te à fé viva.


Na Terra ou além da Terra, a soma das lutas que carregamos reúne as parcelas dos compromissos assumidos, junto à bolsa do tempo.


Aflição de hoje, dívida de ontem.
Merecimento de agora, crédito de amanhã.


Banha as mais íntimas energias nas torrentes do amor puro que compreende e edifica sempre; veste o arnês do trabalho que aprimora e sublima, e sigamos à frente, honrando a nossa condição de almas eternas.


Nada tendo e tudo possuindo...
Sozinhos e com todos.
Chorando jubilosos e suando contentes...
Atormentados e tranqüilos...
Desfalecentes e refeitos...
Dilacerados e felizes...
Batidos e levantados...


Morrendo cada dia para reviver no dia seguinte, em plano superior...


E, atingindo os marcos do túmulo, de partida para a Luz Espiritual, se viveste amando e perdoando, purificando e servindo, encontrarás em ti mesmo a flama da alegria, ressurgindo do sofrimento, como a glória solar renascendo das trevas."

[Francisco Cândido Xavier, em Justiça Divina. Pelo Espírito Emmanuel - 13ª edição, FEB, 2008, p . 51/53).

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