terça-feira, 9 de outubro de 2012

Kardec e sua preocupação com o futuro do espiritismo - breves considerações




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Em idos de 1868 publicava-se A Gênese e assim concluída estava a "Codificação" da Doutrina Espírita. 

Kardec, no entanto, olhava adiante e dizia que acerca do que seria a Doutrina haveria dois pilares, uma relacionado à sua própria estruturação e outro relativo aos meios de se a popularizar (como consta em Obras Póstumas, tradução de Guillon RIbeiro, pág. 40, FEB, Rio de Janeiro, p. 2, 2010)...

Dizia o codificador que um dos maiores obstáculos seria a "falta de unidade" e sugeria que se realizasse um curso regular de divulgação da doutrina alvitrando divulgar o gosto pelos estudos sérios (fonte citada).

Sem embargo, há observação séria e pertinente de Bezerra de Menezes (contida em Divaldo P. Franco, "Unificação paulatina, união imediata, trabalho incessante", pelo Espírito Bezerra de Menezes, in Reformador, ano 94, p. 19, fev. 76 - fonte citada) no sentido de que "a tarefa da unificação é paulatina; a tarefa da união é imediata, enquanto a tarefa do trabalho é incessante, porque jamais terminaremos o serviço, desde que somos servos imperfeitos, e fazemos apenas a parte que nos está confiada" (destacamos).

Com isso, crível e compreensível que Kardec tenha sentido a necessidade de ser incentivada a permanente e correta divulgação da Doutrina, de sorte que os seus pontos fundamentais não se percam e para que certamente também não haja mistificações, deturpações de conteúdo ou das angelicais mensagens etc. Enfim, a Obra não se esgota no que se codificou mas se completa quando se a divulga de modo correto e sério.

Fundamental que se compreenda que não se deseja fanatismo ou fé cega, mas uma fé racional, calcada na verdade, que liberta... 



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