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Não é das casas, construções, habitações, que falava o Mestre Jesus na frase conhecida "Na Casa de meu Pai há várias moradas"...
Mais uma vez nos falava por parábolas, pois entendemos que referia-se aos vários níveis espirituais, em que se encontravam as pessoas, como também ocorre atualmente.
Há um esoterismo nesses meios de emitir mensagens, claramente expressado por Mateus (14:11, 34 e 36): ..."a vós é dado conhecer os mistérios do Reino de Deus, mas, para os que estão de fora, todas estas coisasa se dizem por parábolas"... O povo era exotérico, ao passo que os iniciados eram esotérios no conhecimento das coisas de Deus.
Difícil é às vezes explicar certas coisas, sendo mais fácil sentir muitas coisas, do que se definir os sentimentos.
Argumenta-se, a favor da doutrina, que não haveria o chamado julgamento final (Juízo Final) se apenas esta fosse a existência da alma, pois se morre o corpo, sobrevive o espírito. Se é assim,é porque continua a nossa vida de provações, de auto-redenção e de aprendizado. Como dizia, aliás, Santo Agostinho: "Este mundo é um mundo de construção de alma".
A teoria das reencarnações, além de ser a teoria que mais satisfaz nossas indagações sobre questões metafísicas, encontra paradigmas nas outras ciências, que não a questionam mas, ao contrário, reforçam-na, como exemplificam:
Paracelso e as teorias da afindade entre todas as coisas do Universo;
Leonardo da Vinci e a teoria da analogia;
Jung e a teoria da sincronicidade;
Einstein e a teoria da serialidade da física relativista, como também com a teoria da física quântica, para a qual, como consta, na realidade não há os tempos passado, presente e futuro.
Nessa senda, os orientais já nos ensinavam, por meio do símbolo oroboro, palavra que tanto pode ser lida da esquerda para a direita quanto da direita para esquerda, sem mudar os seus fonemas e que significa uma serpente engolindo-se a si mesma pela cauda, simbolizando a interação entre estar vivo e estar morto, ao mesmo tempo, ou o eterno presente do espírito que é vida e indenpende do tempo, do espaço, do corpo ou forma tida como ilusão (maia), ou seja, o eterno presente metafísico de Deus e de nossos espíritos, centelhas divinas.
“Meu
fim
é
meu
começo” (parece dizer a imagem ao lado)
A física nos ensina que os átomos "renascem"...
O contrário de morte não é, portanto, vida, mas nascimento... O ser "vivo" se afasta do corpo que fica inerte e sem a animação da alma, que ali não mais encontra condições para a sua permanência... e segue livre... (cit. por José R. Chaves, em A Reencarnação, ed. Martin Claret, 3a. ed).
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