.
Alguns daqueles que abordam a luz renovadora dos princípios espíritas,
deslumbram-se diante das perspectivas do Universo, enternecem-se com as revelações da imortalidade, capacitam-se da grandeza da vida e,
quase sem perceber, se alheiam do corpo físico que lhes serve de bendito instrumento ao desempenho de valiosos encargos na estância terrestre. Há mesmo quem
chegue a desprezá-lo, no pressuposto de que semelhante comportamento lhes abrevia o trabalho de burilamento moral.
Simples ilusão dos que se ausentam da lógica que orienta os processos da natureza.
Antes que o pão abrilhante a mesa, o trigo que lhe deu forma passou pelo claustro materno da terra benfazeja, a fim de constituir-se.
No mesmo sentido, que adiantaria ao aluno de letras primárias freqüentar a universidade, claramente sem bases para assimilar as lições dos cursos superiores?
A cela física, na escola do Planeta, é a carteira de estudo ou o cubículo de retificação que nos patrocina o progresso. Abençoá-la, conservá-la, auxiliá-la e preservá-la, através de hábitos baseados em equilíbrio e retidão, nos quais os recursos da existência sejam usados sem excessos, é simples dever.
Geralmente, muitos de nós somente nos apercebemos da preciosidade de uma bênção depois que essa mesma bênção nos escapa das mãos.
É assim que, muito comumente, apenas quando caímos na enfermidade irreversível ou após ultrapassar as fronteiras da desencarnação é que atribuímos ao corpo físico a importância de que ele se reveste.
Não esperes o sofrimento para bendizer a felicidade perdida.
Trabalha, realiza, procura o bem e aperfeiçoa-te agora.
É pelo corpo físico que entesouramos experiências de subido valor para a eternidade.
Ampara teu corpo para que teu corpo para que teu corpo te ampare.
Se robusto, não lhe dissipes em vão as energias e agradece-lhe o equilíbrio de que desfrutas. Se doente ou mutilado, defeituoso ou inibido, agradece-lhe o ensejo de reajuste.
Teu corpo é o livro em que aprendes na escola da vida. Não lhe fujas ao apoio do trabalho, nem à luz da lição.
Emmanuel (XAVIER, Francisco Cândido, No Portal da Luz, pelo Espírito Emmanuel - Uberaba, MG: CEC, 1972, p.77).
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita está registrada, registre seus pensamentos também.