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Um dos caprichos da humanidade é ver cada qual o mal alheio, antes do próprio.
Para julgar-se a sim mesmo, seria necessário pudéssemos nos mirar num espelho, transportando-nos de qualquer maneira para fora de si e considerar-se outra pessoa, perguntando: que pensaria eu, se visse alguém fazendo o que faço?
É o orglho, incontestavelmente, o que leva o homem a disfarçar os seus próprios defeitos, tanto morais como físicos.
Esse capricho é essencialmente contrário à caridade, pois a verdadeira caridade é modesta, simples e indulgente. A caridade orgulhosa é um contrasenso, pois esses dois sentimentos se neutralizam mutuamente.
Se o orgulho é a fonte de muitos vícios, é também a negação de muitas virtudes.
Encontramo-lo, no fundo, como móvel de quase todas as ações.
Foi por isso que Jesus sempre se empenhou em combatê-lo, como um grande obstáculo ao progresso (extraído do Evangelho Segundo o Espiritismo)
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