sábado, 14 de agosto de 2010

A MEDIUNIDADE ATRAVÉS DOS TEMPOS (anotações)...

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A MEDIUNIDADE ATRAVÉS DOS TEMPOS (anotações...)


A mediunidade ocorre desde sempre e os seus registros são mais recentes, mas tantos e a tal ponto que podemos concluir que a base religiosa do homem está fundamentada em manifestações mediúnicas, tenham o nome pelo qual cada modo de pensar o defina, como podemos ver nas origens do judaísmo, cristianismo, islamismo e das religiões chamadas de orientais, como o budismo, etc.

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O fenômeno mediúnico não nasceu com o Espiritismo.

Existe desde as épocas mais remotas da vida humana planetária.

Hà registros de comunicações mediúnicas entre homems, tanto dito ignorantes, quanto entre os sábios, algumas vezes com fácil percepção, noutras vezes de forma discreta, simbólica ou envolvida em véus de mistérios.




Ex Oriente Lux (a luz vem do Oriente)! Quém já não ouviu essa frase? A reencarnação, como doutrina, talvez seja a essência mesmo desse conhecido aforismo latino... Isto porque o Oriente é tido ocmo o "berço de todas as religiões", inclusive do nosso cristianismo e lá a idéia de reencarnação é milenar...

Hermes, no antigo Egito, já falava da reencarnação, tanto quanto Krishna na Índia.

O fenômeno da reencarnação ou do renascimento, ocorreu entre os homens, em todos os 3 continentes antigos (Ásia, África e Europa) e, mais modernamente, mesmo em todos os continentes!

Ve-se orientações, ensinamentos, exemplos, em Buda, Zoroastro, Confúcio, Sócrates, Platão, Lao-Tsé, Terécides de Siros e Manethon... Há registros entre os celtas, entre os espíritas, entre os índios, entre os chamados "pagãos" e mesmo entre membros das religiões mais ditas como ortodoxas ou "tradicionais", nestes casos mais envolvidas em simbologia e nos chamados "mistérios da fé"...

E mais, dependente dos povos, época, costumes e do momento em que as manifestações ocorreram, temos que houve comunicações por meio de médiuns ou de homens especiais e que provocaram fenômenos (mediúnicos) prodigiosos... os chamados "milagres"... ou, por acaso, a multiplicação dos pães é algo que qualquer um possa fazer?! E chamar Lázaro de volta à vida!? E falar com Deus... na imagem da sarça ardente como Moisés fez!?

Notemos que toda religião alvitra o desenvolvimento do homem... Sua evolução espiritual... E os Espíritos superiores zelam por nós, nesta senda... neste progresso constante...



Esses espíritos foram tidos pelos antigos como divindades e simbolicamente envolvidos no cotidiano das suas vidas... Isso entre os Gregos e entre os Romanos era fácil de se ver... E o estudo da Mitologia Grega nos ensina muito a respeito... As Musas não eram, senão a personificação alegórica dos Espíritos protetores das ciências e das artes... "O profetismo em Israel, durante vinte consecutivos séculos, é um dos fenômenos transcendentais mais notáveis da História (...).

Pitágoras, matemático, foi um iniciado e usava dos números para expressar Deus etinha o dom de se lembrar conscientemente de outras vidas, dom esse muito raro, como diz a Bíblia: "somos de ontem e nada sabemos" ( 8:9).

A origem do profetismo em Israel é assinalada por imponente manifestação. Um dia, Moisés escolhe 70 anciães e os coloca ao redor do tabernáculo. Jeová revela sua presença em uma nuvem (...). Jeová é um dos Eloim, Espíritos protetores do povo Judeu e de Moisés em particular. (...)

Assim começa o profetismo, ou mediunidade sagrada, em Israel. Moisés, iniciado nos ministérios de Ísis, (...) e sobretudo em conseqüência de suas relações familiares com seu sogro Jetro, grã-sacerdote de Heliópolis, foi a seu turno o grande iniciador psíquico de seu povo, antes de se lhe constituir em seu imortal legislador. (...)
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"(...) Moisés é vidente e auditivo. Ele vê Jeova, o Espírito protetor de Israel, na sarça do Horeb e na Sinai. Quando se inclina diante do propiciatório da arca da aliança, escuta vozes (Num,VII, 89). Também é médium escrevente quando, sob o ditado de Eloim, escreve as tábuas da lei; (...) magnetizador poderoso, quando fulmina com uma descarga fluídica os hebreus revoltados no deserto; médium inspirado, quando entoa seu maravilhoso cântico após a derrota de Faraó. Moisés apresenta ainda o gênero especial de mediunidade - a transfiguração luminosa - (...). Quando desce do Sinai, traz na fronte uma auréola de luz.

Samuel, outro profeta judeu, “(...) dormindo no templo, é muitas vezes despertado por vozes que o chamam, lhe falam no silêncio da noite e lhe anunciam as coisas futuras (I. Reis, I I I , 1 a 18 ).

Esdras (liv. IV, cap. XIV) reconstitui integralmente a Bíblia que se tinha perdido (...)" sob o auxílio espiritual denominado "A voz".

"(...) Todo o livro de Job está repleto de iluminações e de inspirações mediúnicas. Sua própria vida, atormentada de maus Espíritos, é um assunto de estudos muitíssimo sugestivos (...)."

A história da mediunidade dos profetas judeus encerra-se com a vinda de Jesus. A "(...) passagem do Mestre entre os homens, junto dos quais (...), a cada hora, revela o seu intercâmbio constante com o Plano Superior, seja em colóquios com os emissários de alta estirpe, seja em se dirigindo aos aflitos desencarnados, no socorro aos obsessos do caminho, mas também na equipe dos companheiros, aos quais se apresenta em pessoa, depois da morte (...)

(...) No dia de Pentecostes, vários fenômenos mediúnicos marcam a tarefa dos apóstolos, mesclando-se efeitos físicos e intelectuais na praça pública, a constituir-se a mediunidade, desde então, em viga mestra de todas as construções do Cristianismo, nos séculos subseqüentes
(...)".

Assim, "(...) O Evangelho, (...) não é o livro de um povo apenas, mas o Código de Princípios Morais do Universo, adaptável a todas as pátrias, (...) porque representa, (...) a carta de conduta para a ascensão da consciência à imortalidade, na revelação da qual Nosso Senhor Jesus Cristo empregou a mediunidade sublime como agente de luz eterna, exaltando a vida e aniquilando a morte, abolindo o mal e glorificando o bem (...)".

Na velha Grécia, o grande Sócrates refere-se, na voz dos seus discípulos, "(...) ao amigo invisível que o acompanhava constantemente. (...) Segundo Platão, Sócrates falava sobre a imortalidade da alma...

Sobre Sócrates e seus ensinos e influência, podemos consultar Platão, Aristóteles, Cícero, Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, Emerson, Espinosa etc

Platão falava da reencarnação e São Clemente de Alexandria dizia que ea preciso "começar por Platão para chegar a Cristo"... Aristóteles fez obras impregnadas de platonismo e dizia que o mundo era eterno e não uma criação, o que contrariava a Igreja, à época, e perguntamos se dizer que o mundo era "eterno" não se o coloca a "eternidade" como um traço de Deus, o "início, o fim e o meio", do Baghavad Gita.

Santo Agostinho da libertação das coisas materiais e do atingimento da purificação que liberta tudo o que pertence ao mundo sensível e, os que entendem de Yôga e de Meditação Ocultista sabem do que se trata por "iluminação" e do "êxtase" dos santos cristãos...

São Paulo nos dizia para não nos atentarmos nas coisas que se vêem, mas para nos atemos às coisas que não se vÊem, "porque as que se vÊem são temporárias e as que não se vÊem são eternas"...

(...) Sabe-se que Nero, nos últimos dias de seu reinado, viu-se fora do corpo carnal, junto de Agripina e de Otávia, sua genitora e sua esposa, ambas assassinadas por sua ordem, a lhe pressagiarem a queda no abismo (...)''.

"(...) No silêncio do deserto, (...), Maomet (...), o fundador do Islam, redige o Alcorão, sob o ditado de um Espírito, que adota, para se fazer escutar, o nome e a aparência do anjo Gabriel.(...)"

Na Idade Média, época de obscurantismo, os médiuns ou são perseguidos e maltratados como feiticeiros ou são elevados à categoria de santos.

(...) Em sua aventurosa missão, Colombo era guiado por um gênio invisível. Tratavam-no de visionário. Nas horas das maiores dificuldades, ele escutava uma voz desconhecida murmurar-lhe ao ouvido. "Deus quer que teu nome e ressoe gloriosamente através do mundo; ser-te-ão dadas as chaves de todos esses portos desconhecidos do oceano (...).

A vida de Joana D'Arc está entre os vultos que ispirados... (...) Surgem aparições diante dela; vozes celestes ciciam-lhe ao ouvido. Nela, a inspiração flui como o borbotar de uma torrente impetuosa (...)".

Ainda na Idade Média, outros importantes se revelam: Dante Alighieri, que sob influência espiritual redige A Divina Comédia; Tasso, sob inspiração do Espírito Ariosto. escreve o poema Renaud; Milton escreve o Paraíso Perdido, Shakespeare nos fala sobre aparições em Hamlet.

Há ainda Goethe. "(...) O Fausto é uma obra mediúnica e simbólica de primeira ordem. (...)"
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Notemos que Deus é amor, o que obviamente contraria as mortes que são e foram praticadas em Seu nome, na Inquisição e nas chamadas "guerras santas"...

Por outro lado, como compreender Deus e as religiões e o espiritismo?!

A idéia de Teologia vem da própria origem etmológica da palavra, que significa "ciência dos deuses" e, portanto, significa "o estudo das questõesa referentes ao conhecimento da divindade, de seus atributos e relações com o mundo e com os homens e à verdade religiosa"...

Ora, não é disso que trata o espiritismo, codificado por Kardec ?!?

Em Livro dos Espíritos temos a indagação "O que é Deus"... Em verdade e é crível porque é verdadeiro e, assim, digno de credibilidade, há a "versão da verdade" de cada um que a respeito falou, em cada púlpito, em cada assembléia, em cada agrupamento humano... mas essa "ciência" pertence a todos os homens... Hà dogmas e rituais de "iniciação" que permitem identificar os seguidores de um modo de "crer em Deus", segundo uma religião... e outra religião o faz de modo diverso... Mas será que DEUS, onipotente, onipresente e onisciente estaria "preocupado" com rituais e coisas menores, falíveis, humanas ou estaria mais interessado na "essência" cultivável do bem em cada unidade da Sua grande obra ?!

Daí que uma "teologia espírita" cristã nos parece correta e verdadeira, já que o estudo racional segue exatamente o mesmo texto sagrado dos que se dizem que vivem segundo os ensinamentos amorosos do Cristo Jesus.
























Foi como disse JESUS à mulher samaritana:

... "DEUS é Espírito
e importa que os que o adoram
o adorem
em espírito
e verdade
" (João, 4:24)

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================================================ Notas, baseadas em estudos de várias obras, dentre as quais A Reencarnação (José Reis Chaves, ed. Martin Claret), Teologia Espírita (L. Palhano Jr, ed. Celd) e o Evangelho Segundo o Espirismo (Kardec, ed. CELD), as quais sugerimos para leitura complementar e mais aprofundada.

4 comentários:

  1. bacana. quantos registros na história sobre o assunto, heim!

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  2. surpreendente. vou ler mais sobre o assunto.

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  3. OBRIGADA, ROGÉRIO, PELO CUIDADO E ESTUDO PARA ESSE TEMA. GANHAMOS NÓS PELA LEITURA E E REFLEXÃO. ABRAÇOS,PATRICIA

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  4. Foi-me de muita importancia ler sobre o assunto, apredi muito e tirei dúvidas sobre o tema .muito gratificante Parabe´ns pela máteria.

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